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Capital

Em resposta à CGU, prefeito promete que não faltará merenda escolar

Mariana Rodrigues | 19/12/2015 10:40
Carne estragada foi encontrada pela CGU durante auditoria (Marcos Ermínio / Arquivo)
Carne estragada foi encontrada pela CGU durante auditoria (Marcos Ermínio / Arquivo)
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, em agenda neste sábado (Gerson Walber)
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, em agenda neste sábado (Gerson Walber)

Questionado sobre problemas identificados por auditoria CGU (Controladoria Geral da União), que apontou entre outras coisas irregularidades na distribuição e fornecimento da merenda escolar na cidade, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), garantiu que não vai faltar alimentação nas escolas municipais e creches do município no próximo ano letivo. Os auditores acharam superfaturamento de R$ 3 milhões em uma compra de gêneros alimentícios feita pelo Executivo da Capital, além de constatarem produtos estragando em um depósito.

A garantia foi feita neste sábado (19), durante evento de retorno do atendimento da Carreta do Hospital do Câncer, no Bairro Vila Popular. Segundo Bernal, o relatório foi feito com base em uma fiscalização no período do “impostor Gilmar Olarte, o usurpador de poder que destruiu a administração pública e deveria estar atrás das grades”.

Olarte, vice-prefeito afastado do cargo de prefeito, ficou no comando da Prefeitura entre março de 2014 e agosto deste ano. O afastamento foi por ordem judicial decorrente da Operação Coffee Break, que investiga se houve corrupção no processo que cassou o titular.

Bernal diz ainda que acredita no envolvimento de servidores municipais nas irregularidades e, por isso, promete instaurar sindicância administrativa sobre o caso. “Agora, nós estamos encaminhando um relatório para a Polícia Federal e MPF (Ministério Público Federal), pois se trata de recursos federais, para que as providências sejam tomadas”, garantiu.

Com relação à merenda para o próximo ano letivo, Bernal afirma estar tomando as providências para a aquisição do alimentos e de remédios, setor em que a CGU também achou problemas. “Preciso fazer a aquisição emergencial obedecendo o menor preço e a qualidade que se deve ter na aquisição, e espero que haja pronta ação contra esse procedimento criminoso que lamentavelmente Campo Grande foi vítima mais uma vez”.

“Ano que vem vai ter merenda conforme estamos fazendo acontecer, vai ter merenda em todas escolas e ceinfs, vai ter remédio em todas as farmácias, estamos fazendo a aquisição do que precisa para agora e para o que for do ano que vem”, complementa o prefeito.

Relatório - Conforme relatório da CGU, foram constatadas irregularidades nas cotações de preços, atos de restrição ao caráter competitivo e sobrepreço no valor de R$ 3.012.120,00, em uma ata de registro de preços de gêneros alimentícios. Ao todo, o documento do órgão federal tem 163 páginas e ataca um total de R$ 113 milhões em recursos federais repassados pelos ministérios da Educação, Saúde, Cidades, Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

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