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Capital

Emha diz que déficit habitacional caiu 80% em Campo Grande

Nicholas Vasconcelos | 01/08/2012 19:29

Casas entregues, em construção e em fase de licitação correspondem a 80% do déficit habitacional da Capital. (Foto: João Garrigó)
Casas entregues, em construção e em fase de licitação correspondem a 80% do déficit habitacional da Capital. (Foto: João Garrigó)

A Prefeitura de Campo Grande reduziu o déficit habitacional para famílias de baixa renda em 80% nos últimos dois anos, segundo informação do diretor da Emha (Empresa Municipal de Habitação), Paulo Matos.

Os números contabilizam as 5.188 unidades habitacionais entregues desde 2010, as 4.470 em execução e 3.027 em fase de licitação. Somadas, as residências somam 12.685 e correspondem a 80% do déficit de 15.750 imóveis necessários para as famílias atendidas pelos programas da agência.

O número de casas necessárias em Campo Grande foi apontado por levantamento da Fundação João Pinheiro, do Governo de Minas Gerais, em 2010 e que apontou que a Capital precisa de 35 mil moradias, 45% delas para as famílias com renda de R$ 1.600.

“A prioridade são aquelas famílias que vivem em áreas de risco, favelas e conseguimos zerar esse índice nos últimos anos. Campo Grande hoje não tem mais pessoas morando em locais como esses”, afirmou Paulo Matos.

De acordo com os dados da Emha, a cada 100 pessoas que procuram os programas de habitação popular, 40 ultrapassam a renda máxima estabelecida. Nesses casos, o candidato é orientado a procurar o Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, e que atende famílias com renda entre R$ 3 mil e R$ 6 mil.

Paulo Matos diz que foram recuperadas 482 casas desde 2009, algumas delas vendidas antes da entrega. (Foto: Simão Nogueira)
Paulo Matos diz que foram recuperadas 482 casas desde 2009, algumas delas vendidas antes da entrega. (Foto: Simão Nogueira)

Matos explica que quando o candidato é selecionado para participar dos programas habitacionais é feita a primeira triagem no cadastro Cadmut (Cadastro de Mutuários) da Prefeitura, que detecta se ele já foi beneficiado anteriormente. Caso já tenha recebido o imóvel e vendido, é automaticamente cortado da seleção.

Em seguida os técnicos levantam se o futuro mutuário tem inscrição nos programas sociais do Governo Federal e a ultima analise é feita com a Caixa Econômica Federal, que financia o imóvel e que cruza dados, como financiamentos e crediários.

“Esse processo leva até quatro meses, mas é como descobrimos se a pessoa mente sobre a renda e há casos de quem tenha até prestações altas em lojas”, detalhou.

Além da renda, os fatores que determinam a escolha dos contemplados são as famílias chefiadas por mulheres, número de filhos e idade do candidato.

Quase 500 casas recuperadas - Levantamento da Emha aponta que em três anos foram recuperadas 482 casas que foram abandonadas ou vendidas pelos mutuários originais. O valor de mercado dessas imóveis é de R$ 25 milhões, segundo calculo da agência.

O diretor da agência revela que em alguns casos os moradores vendem as unidades antes mesmo de mudar para o local. A venda das casas é permitida somente depois do cumprimento de 1/3 do tempo de contrato.

“No residencial Gaburas nós chegamos a encontrar moradores diferentes no dia da entrega, alguns deles até com caminhonetes importadas”, revelou.

Os imóveis resgatados pela Emha são destinados para casos emergenciais, como vítimas de violência doméstica ou famílias que perdem as casas interditadas, e também retornam para a lista de sorteio.

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