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Capital

Empresa desligará 64 bloqueadores de celular de presídios da Capital

Compnet, que também opera o Sigo, da polícia, está com contrato vencido há pelo menos seis meses

Waldemar Gonçalves, Mayara Bueno e Julia Kaifanny | 10/08/2016 11:41
Técnico de empresa diante da Máxima, na manhã desta quarta; bloqueadores de celular serão desligados (Foto: Alcides Neto)
Técnico de empresa diante da Máxima, na manhã desta quarta; bloqueadores de celular serão desligados (Foto: Alcides Neto)
Advogado e técnico da Compnet na frente da Máxima; 64 bloqueadores de celular serão desligados (Foto: Alcides Neto)
Advogado e técnico da Compnet na frente da Máxima; 64 bloqueadores de celular serão desligados (Foto: Alcides Neto)

Os bloqueadores de sinal de telefonia celular instalados no complexo penitenciário de Campo Grande serão desligados a qualquer momento. A decisão é da Compnet, responsável pelos aparelhos, que alega estar arcando com as despesas deles há pelo menos seis meses, diante da falta de renovação de contrato.

Adriano Chiarapa, dono da Compnet, não fala em valores, mas alega que a manutenção e funcionamento “em 100%” dos aparelhos geram “custo altíssimo para a empresa”. Ao todo, são 64 equipamentos instalados no complexo, que inclui o Estabelecimento Penal de Segurança Máxima, Centro de Triagem, Instituto Penal, Presídio de Trânsito e Presídio Militar.

Técnicos da Compnet e o advogado da empresa, Carlos Santana, estiveram na manhã desta quarta-feira (10) no complexo penal. No entanto, até o fechamento deste texto, não haviam conseguido autorização para entrar nos prédios e, então, conseguir retirar os equipamentos – um pedido formal, conforme Santana, será protocolado na Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

A Compnet é a mesma que opera o Sigo, sistema de computador que, em resumo, gerencia todo o funcionamento da estrutura de registro de ocorrências e atividades policiais. Há meses o software opera com problemas também por, segundo o empresário, não haver um contrato com o Poder Público estadual.

Nas palavras do próprio Chiarapa, o Sigo funciona “porcamente”, já que também gera custos operacionais altos atualmente custeados pela empresa. Em reportagem sobre o assunto, publicada no sábado (6), o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, disse que sua pasta está “agilizando o mais rápido possível a renovação deste contrato”.

Chiarapa explica que o contrato do Sigo e o dos bloqueadores de celulares é o mesmo. Consultada sobre o problema nesta quarta, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que de fato o contrato está vencido e o órgão acreditava que os equipamentos já estavam desligados.

A mesma fonte informa que o sistema de Chiarapa estaria defasado por não bloquear conexões 3G – internet via celular.

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