Empresário que atirou em músico diz que agiu em legítima defesa
O empresário Fauez Mohamed Ayoub confessou ter atirado no músico Eduardo Lincoln Gouveia, 60, após discussão em um bar no Centro de Campo Grande na noite de quarta-feira (05). Segundo o advogado de Ayoub, o disparo foi feito em legítima defesa.
Em entrevista ao Campo Grande News, Marcos Ivan, que representa o autor, contou que Ayoub e Lincoln haviam se encontrado em uma festa na casa de um amigo no último domingo (01), ocasião em que trocaram brincadeiras sobre a orientação sexual um do outro.
A festa terminou sem confusão, mas, segundo o advogado, o músico ficou ofendido e teria procurado Fauez para tirar satisfação sobre as piadas no bar Copo Sujo, que é frequentado pelos dois há muitos anos, na segunda (03) e na terça-feira (04).
Sem encontar o empresário, Lincoln retornou ao estabelecimento na quarta-feira (05) e, segundo advogado e testemunhas, estava muito alterado, falando alto e procurando Fauez, que dessa vez estava lá.
"Ele achou até que era brincadeira, mas Lincoln insistiu na discussão e partiu pra cima dele, foi quando ele sacou a arma e atirou para se defender", contou Marcos.
O defensor não soube precisar, entretanto, a origem da arma que fez os disparos, se limitando a comentar que se trata de uma arma que está com Ayoub, que não tem nem registro da arma nem porte para carregá-la, há mais de vinte anos.
Ivan comentou ainda que Ayoub não tem o costume de andar armado, e só estaria com a arma aquele dia para tentar vendê-la aos amigos do bar. Haviam seis munições no revólver, mas só uma foi utilizada.
A bala disparada por Fauze atingiu Lincoln no abdômen e perfurou seu intestino em cinco locais diferentes. Os estragos já foram reparados com cirurgia realizada na Santa Casa de Misericórdia, onde o músico ainda está internado, estável e se recuperando bem.
Depois do ocorrido, Ayoub estaria sendo ameaçado pela família de Lincoln e por isso procurou a polícia para dar sua versão. Por enquanto, o empresário responde por tentativa de homicídio, mas a defesa seguirá a estratégia da legítima defesa.