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Capital

Encontrado morto teria sido espancado por suposto sumiço de arma

Michel Faustino e Antonio Marques | 23/04/2016 18:18
Corpo de Valmir Francisco da Silva encontrado em terreno de obra abandonada. (Foto: Marcos Ermínio)
Corpo de Valmir Francisco da Silva encontrado em terreno de obra abandonada. (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado Cléverson Alves dos Santos falou sobre a relação do crime. (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado Cléverson Alves dos Santos falou sobre a relação do crime. (Foto: Marcos Ermínio)

O homem encontrado morto na tarde deste sábado (23) em uma escola abandonada, no Jardim Centro-Oeste, foi identificado como Valmir Francisco da Silva, 49 anos. Ele teria sido assassinado por supostamente estar envolvido no sumiço de uma arma de fogo da casa de um criminoso na última quarta-feira, dia 20.

De acordo com o delegado Cléverson Alves dos Santos o crime tem relação com um caso de agressão denunciado por uma diarista nesta sexta-feira (23). Em boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, a mulher relatou que foi contratada por um homem identificado como 'Periquito' para fazer serviço de faxina em sua casa.

Quando ela terminou a limpeza e voltou para casa, 'Periquito' e um homem identificado como 'Max' foram até a sua residência e a questionaram sobre o sumiço de uma arma de fogo e acusaram de pegá-la. A mulher negou que tivesse pego a arma e, mesmo assim, passou a ser agredida com socos, chutes e pisões no pescoço.

Não bastasse as agressões físicas, a mulher foi obrigada a comer comida apimentada e foi arrastada para um veículo VW Gol, que seria de 'Periquito'. Os agressores voltaram a questioná-la sobre a arma momento em que passaram a acusar também Valmir, que é ex-companheiro da diarista, pelo sumiço.

Logo em seguida, os dois foram até a casa dele e enquanto eles invadiam a casa, a mulher conseguiu fugir. A diarista foi até um orelhão e acionou a PM (Policia Militar) via 190 para que fosse até o local. No entanto, ninguém foi encontrado na residência.

Um vizinho contou à polícia que Valmir, desde então, não foi visto mais em sua residência e, segundo comentários na região, ele teria sido agredido e levado pela dupla.

Diante das informações, investigadores da 5ª Delegacia de Polícia iniciou buscas e localizaram Juvaildo Souza Vasconcelos, 42 anos, o Periquito, em um ponto de moto táxi, na Avenida Costa e Silva. Ele foi detido e levou os policiais até Maksmelones Domingues Nunes, 36 anos, o Max.

Juvaildo Vasconcelos, o Periquito, tenta tapar o rosto, ao lado do comparsa Max, são ouvidos novamente sobre a morte de Valmir. (Foto: Marcos Ermínio)
Juvaildo Vasconcelos, o Periquito, tenta tapar o rosto, ao lado do comparsa Max, são ouvidos novamente sobre a morte de Valmir. (Foto: Marcos Ermínio)

Em seguida, os investigadores foram até a casa de 'Periquito', no bairro Canguru, onde foi encontrado um revolver calibre .38 com cinco munições intactas. Os autores chegaram a levar os investigadores até o local onde Valmir teria sido deixado, mas ele não foi localizado. Os dois foram presos pelos crimes de lesão corporal grave e posse irregular de arma de arma de fogo.

Envolvimento – Conforme o delegado Cléverson Alves dos Santos, não restam dúvidas de que os dois tem participação no assassinato de Valmir. O delegado acredita que a vítima foi espancada e deixada na obra abandonada, onde agonizou até a morte. Ele apresentava afundamento de crânio e várias lesões pelo corpo.

Cléverson diz que deve entrar com outra representação para que a dupla permaneça presa e irá pedir prisão preventiva pelos crimes de ocultação de cadáver e homicídio. Ainda agora à noite ele iria interrogá-los novamente sobre o crime.

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