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Capital

Entre trapalhadas e ameaças, família vira refém no Jardim Colibri

Aline dos Santos e Francisco Júnior | 17/06/2011 13:28
Casa simples foi alvo de ladrões nesta sexta-feira. (Foto: Simão Nogueira)
Casa simples foi alvo de ladrões nesta sexta-feira. (Foto: Simão Nogueira)

Uma família teve a casa invadida e foi feita refém nesta sexta-feira no Jardim Colibri, em Campo Grande. Por volta das 6h30, dois ladrões pularam o muro da residência, localizada na rua Tucuruvi.

Com um revólver, eles renderam a dona da casa, uma mulher de 36 anos, que estava no quintal. O imóvel é simples e a proprietária acredita que o fato de a família ter comprado uma caminhonete Mitsubishi L-200, adquirida com o dinheiro de uma indenização trabalhista, tenha chamado a atenção.

Dentro da casa, foram rendidos o marido da dona da casa, dois filhos do casal (de 2 e 16 anos), e a mãe da mulher. Durante os 15 minutos de ação,

os assaltantes, que aparentavam ser adolescentes, oscilavam entre trapalhadas e graves ameaças.

Eles estavam vestidos de preto e encapuzados. Um dos momentos de tensão foi quando a mãe da proprietária foi encontrada dormido em um dos quartos. “Eles falavam ‘mata a véia’, ‘mata a véia’”, relata a dona da casa.

A senhora começou a passar mal e alertou aos ladrões que toma remédio controlado. Eles lhe deram o remédio e um copo com água. Em seguida, acabou a bateria do celular de um dos bandidos, que usou um carregador existente na casa para voltar a falar com a pessoa que, aparentemente, lhe dava instruções.

Outra situação crítica foi quando os ladrões colocaram o revólver na cabeça do adolescente de 16 anos e intensificaram as ameaças de morte. “Se ele fosse matar o meu neto, me jogava na frente”, relata a senhora.

Eles ameaçaram amarrar a família, mas depois decidiram prender os cincos num dos cômodos. O assalto terminou quando a arma caiu no chão e quebrou. Segundas as vítimas, uma das balas explodiu dentro do tambor. Em seguida, os ladrões fugiram.

Eles reviraram a casa, mas não levaram nada. Também não perguntaram por dinheiro ou pela chave do veículo. A caminhonete permaneceu em frente à residência durante a ação.

“Será que eles acharam que aqui era casa de rico, de empresário, só por causa da caminhonete?”, questiona a dona do imóvel. Depois da tentativa de roubo, ela afirma que vai colocar cerca elétrica no imóvel, onde mora há 36 anos.

Tormento - Enquanto a ação de hoje foi um susto, um roubo ocorrido no último dia 26 de maio atormenta as moradoras de uma casa próxima, na rua Inúbia Paulina.

Mãe e filha, respectivamente de 87 e 65 anos, foram assaltadas por um homem que bateu na porta da casa e pediu folhas para fazer remédio. A mulher de 65 anos foi buscar as plantas e quando voltou se deparou com o ladrão no quintal.

Ele fez menção de estar armado e roubou cartão de crédito da vítima. Segundo a mulher, o assaltante fez dívida de R$ 900. Aos prantos, ela conta que já não sente em segurança. “Não saio mais de casa, passo as noites acordada. O bairro está muito perigoso”.

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