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Capital

Entrega atrasa e vândalos depredam ou sem-teto invadem casas novas

Cerca de 50 unidades ainda não foram entregues e acabam tomadas pelo mato ou destruídas parcialmente

Alan Diógenes | 12/03/2015 09:56
Mais de 50 casas ainda permanecem fechadas dentro do residencial. (Foto: Alcides Neto)
Mais de 50 casas ainda permanecem fechadas dentro do residencial. (Foto: Alcides Neto)

Alguns beneficiários inscritos na Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande) para receber imóveis no Residencial José Maksoud, próximo aos Bairros Moreninhas, informaram que existe mais de 50 casas fechadas no local. Segundo moradores da região, estas casas estão sendo invadidas por terceiros e algumas já chegaram a ser depredadas por vândalos.

Conforme a dona de casa Lélia Rita da Silva Souza, 34 anos, que estava inscrita na Emha há 10 anos e em dezembro do ano passado recebeu sua casa no residencial, a informação que os moradores receberam é de que estas casas são para futuros inscritos. “Me disseram que era para novos inscritos, que seriam realizados sorteios para ver quem vai ocupar as casas . Mas o pior é elas estão ficando abandonadas, com o mato alto e o pessoal começou a arrombar as portas já”, explicou.

A dona de casa Dalva Pétris Campos, 60, disse que vândalos que circulam pelas Moreninhas já descobriram que as casas estão fechadas. “Marginais já arrebentaram as portas e estouraram tudo o que tem dentro das casas. É um perigo sair de casa durante a noite. Eles liberaram as casas logo, e o povo acaba invadindo. Acredito que falta organização da Emha”, comentou.

Outros moradores do residencial chamaram a atenção para outro problema comum no lugar. “Tem muita gente que não precisa e está ganhando casa, mas no final acaba vendendo. Quando não vende acaba colocando parente para morar, aí a Emha vem e acaba negociando e passando a casa para a pessoa. Se você ficar uns minutos aqui já encontra gente passando e perguntando de casa para comprar”, destacou a diarista Marta Pereira, 42.

Esta informação foi confirmada pela dona de casa Claudenice da Silva Cher, 43, que também mora no local desde dezembro do ano passado. “Tanta gente dependendo de casa e o pessoal vendendo. Meu vizinho mesmo, tem comércio, tem clube e vendeu esses dias a casa dele aqui, por que não precisa”, apontou.

Lélia disse que casas fechadas estão sendo arrombadas. (Foto: Alcides Neto)
Lélia disse que casas fechadas estão sendo arrombadas. (Foto: Alcides Neto)
Marta falou que casas estão sendo vendidas por beneficiários que já tem imóvel. (Foto: Alcides Neto)
Marta falou que casas estão sendo vendidas por beneficiários que já tem imóvel. (Foto: Alcides Neto)

Segundo Elisângela Evelin da Silva, 25, a Emha informou aos moradores que existe a terceira etapa de entrega e que alguns beneficiários estão com a documentação atrasada, por isso ainda não ocuparam as casa fechadas. “O que as pessoas reclamam é que eles não deram previsão de quando essas novas famílias irão entrar”, finalizou.

Sobre a demanda do residencial José Maksoud, a assessoria da Emha informou que, de fato, ainda existem cerca de 50 unidades habitacionais que possuem beneficiários com pendências de documentação junto à Caixa Econômica Federal, detentora do empreendimento. Conforme essas questões de documentação estão sendo resolvidas, essas famílias que foram contempladas estão aguardando o sorteio da localização de quadra, lote, assinatura de contrato e posterior recebimento das chaves.

Segundo a assessoria, existem unidades que estão sendo invadidas, mas que já foram entregues aos beneficiários, portanto, a Emha tem conhecimento das invasões de todas as unidades habitacionais e está controlando a situação por meio da fiscalização da Guarda Municipal.

O procedimento também adotado é o de notificar, a título de parceria com a Caixa, esses cidadãos com a finalidade de conscientizá-los a desocuparem os imóveis com o intuito de evitar o impedimento de receber o benefício da moradia popular.

Mato alto já tomou conta do quintal das casas fechadas. (Foto: Alcides Neto)
Mato alto já tomou conta do quintal das casas fechadas. (Foto: Alcides Neto)
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