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Capital

Envolvido em sequestro já é investigado em mais 6 roubos de veículos

Ricardo Campos Jr. | 25/02/2011 19:29

Suspeita é que ele faça parte de quadrilha com outros 12 integrantes

Marvin (esquerda),Toniel e Felipe foram presos pelo envolvimento no sequestro. (Foto: João Garrigó)
Marvin (esquerda),Toniel e Felipe foram presos pelo envolvimento no sequestro. (Foto: João Garrigó)

Felipe de Almeida Rodrigues, 24 anos, preso pelo envolvimento no sequestro de um acadêmico de direito de 36, é investigado pela Defurv (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos) em outros 5 casos de roubos de carros em Campo Grande. A suspeita é que ele faça parte de uma quadrilha com pelo menos outros 12 integrantes.

Somente uma pessoa do grupo continua foragida, de acordo com informações da Polícia. Os bandidos se dividiam para praticar os crimes, entretanto, Felipe tinha envolvimento em todos eles.

O delegado Cláudio Martins da Defurv explica que os criminosos tinham preferências por caminhonetes. Por vezes, o grupo abordava pessoas em casa, roubava os veículos e os levava ao Paraguai. Depois que a Polícia passou a investigar a prática, bastante comum no decorrer do ano passado, a quadrilha mudou de tática.

A partir de então as vítimas passaram a ser pessoas que saíam de casas noturnas, por estarem mais vulneráveis e muitas vezes desatentas.

Os crimes não são premeditados, de acordo com o delegado. Quando não encontravam donos de caminhonetes partiam para o “plano B” e abordavam vítimas de veículos com valores inferiores “Para não perder a noite”, explica Cláudio

Adolescente de 17 anos foi detido pelo envolvimento no crime e encaminhado a Deaij (Delegacia Especializada em Atendimento à Infância e Juventude). (Foto: JOão Garrigó)
Adolescente de 17 anos foi detido pelo envolvimento no crime e encaminhado a Deaij (Delegacia Especializada em Atendimento à Infância e Juventude). (Foto: JOão Garrigó)

Antecedentes - O caso mais recente com o envolvimento de Felipe foi o sequestro de 3 jovens na saída de uma boate após uma festa de formatura no último dia 10 de fevereiro. Elas foram colocadas na caminhonete S-10, que pertencia à mãe de uma delas, e mantidas em cativeiro por 2 horas.

Elas foram deixadas em um matagal na região do Parque dos Poderes. Durante as investigações do crime a Polícia foi até a casa de João Fogaça, um dos envolvidos. No local foram encontrados pertences de um casal vítima de roubo 3 dias depois do caso das jovens.

As vítimas estavam em um Doblô estacionado na Avenida dos Poetas, no Parque dos Poderes, quando foram abordados pelos bandidos por volta das 21h30. Os dois foram deixados na saída para Cuiabá e o veículo encontrado queimado no dia seguinte.

No último dia 5 de fevereiro outro casal que saída da casa noturna Valentino, a mesma em que as jovens estavam. As vítimas foram colocadas dentro do carro. O modelo não foi informado. Entretanto, um mototaxista percebeu a ação e seguiu a quadrilha.

Quando perceberam que eram perseguidos abandonaram vítimas e carro e fugiram.

No fim do ano passado, um rapaz que chegava em um Pálio no Bar 21, o mesmo que o acadêmico de direito estava na madrugada de hoje, foi roubado pelo grupo. O carro foi encontrado queimado na saída para Cuiabá.

Uma família foi rendida em casa, também no final de 2010, pela quadrilha. Os assaltantes levaram um Fox que também foi encontrado queimado.

Quase no mesmo período uma Hilux foi roubada de uma pessoa que também saía de um bar. Este caso, no entanto, nenhum dos integrantes do bando confessa participação. A Polícia tem indícios do envolvimento de Felipe.

Padrão - O delegado explica que na maioria dos casos os carros aparecem queimados. Isto ocorre, segundo ele, porque não compensa para os bandidos o risco de levar veículos de menor valor para o Paraguai. Desta forma, eles acabam fugindo somente com dinheiro e pertences das vítimas.

Outro indício de formação de quadrilha é que todas as pessoas presas até o momento moram nas regiões do Danúbio Azul e Jardim Futurista, que fica atrás do Parque dos Poderes. Os cativeiros nos casos em que as vítimas ficaram aprisionadas também eram nessas regiões.

Todos os envolvidos têm um ponto em comum: conhecidos dentro de presídios. A relação com detentos nos crimes ainda é investigada pela Polícia.

Suspeita - Dois envolvidos com o sequestro do acadêmico continuam foragidos. Um deles ainda não está identificado e o outro é Wilson Aveiro Gonçalves, o caseiro do Clube dos Servidores do Tribunal de Contas, localizado na rua Rio Turvo, local que serviu de cativeiro.

Os dois, junto com o Felipe, foram os que abordaram a vítima na saída da casa noturna. A suspeita é que Wilson seja o mandante do crime.

Caso - A vítima relatou que foi abordada por 3 homens, um deles armado, ao sair do bar durante a madrugada de hoje. No cativeiro, ele ficou acompanhado por apenas um dos bandidos, identificado como Marvin Moreira Klinguelffuss. Este acabou dormindo o que permitiu à vítima soltar-se das cordas de nylon, usadas para amarrá-lo, e escapar.

O Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) e Rotac (Rondas Táticas da Capital) foram ao local, acionados pela própria vítima. A mando dos policiais Marvin chamou os comparsas Toniel Ramires Gonçalves, 24 anos e Felipe que acabaram presos no cativeiro.

Os presos foram levados à Defurv e o processo de entrega dos presos demorou cerca de 50 minutos, tempo em que a guarnição ficou parada no local.

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