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Capital

Escola pública abandonada vira ameaça de dengue para moradores

Mariana Lopes | 28/01/2013 17:21
Galerias do telhado da escola estão cheias de água parada e com lodo (Fotos: Luciano Muta)
Galerias do telhado da escola estão cheias de água parada e com lodo (Fotos: Luciano Muta)
Fachada do Colégio Estadual Recolhidas Álvaro M. Neto que está desativado
Fachada do Colégio Estadual Recolhidas Álvaro M. Neto que está desativado

Desativado há cerca de um ano e meio, o Colégio Estadual Recolhidas Álvaro M. Neto se transformou em ameaça de dengue para os moradores do bairro Taveirópolis, em Campo Grande, em meio à epidemia de dengue que a cidade enfrenta. O cenário do prédio onde funcionava a escola é de completo abandono, com mato alto, água parada, lixo, depredação, drogas e muito entulho.

Mas o que mais chama a atenção no colégio é o telhado, onde existem galerias que formam verdadeiras piscinas de água parada, nas quais o lodo toma conta e também há larvas de mosquito.

Por causa das piscinas formadas na laje do colégio, ocorreu infiltração no teto e as salas do prédio estão alagadas, com poças de água parada. Onde funcionavam os banheiros, os vasos sanitários viraram depósito de fezes, urina, vômito e muita sujeira.

O lixo toma conta de todo o colégio desativado. Nas salas foram encontrados cachimbos de drogas e outros vestígios de que o local é frequentado por dependentes químicos e moradores de rua.

Onde funcionava o banheiro, os vasos sanitários estão nesta situação: com fezes, urina, vômito e muita sujeira
Onde funcionava o banheiro, os vasos sanitários estão nesta situação: com fezes, urina, vômito e muita sujeira
Por causa das piscinas formadas na laje do colégio, ocorreu infiltração no teto e as salas estão alagadas
Por causa das piscinas formadas na laje do colégio, ocorreu infiltração no teto e as salas estão alagadas

Morando a poucos metros da escola, a dona de casa Aparecida Pereira, 77 anos, conta que tem medo do que essa sujeira toda pode trazer aos moradores do bairro. “Meu maior medo é a dengue, que eu já peguei em 2010 e sei que se pegar de novo é mais complicado”, comenta a idosa.

A preocupação é tanta, que ela afirma que neste final de semana juntou dois sacos plásticos com lixos que estavam na rua. “Peguei até o que não estava em frente à minha casa, que não era obrigação minha”, conta.

Outro morador do Taveirópolis, o aposentado Herculano Mariano Nunes, de 63 anos, conta que o local se transformou em “criadouro de mosquito e abrigo para malandro”.

O aposentado denuncia que no prédio abandonado já houve até animal morto. “É uma nojeira, mas também os populares são muito relaxados, joga lixo lá e não se preocupa com a saúde”, comenta.

Segundo o morador, a prefeitura fez a limpeza na lateral do colégio há quatro meses. “E para ajudar, o fumacê só passou aqui perto apenas uma vez este ano, com toda esta situação”, reclama.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação, a limpeza do prédio do colégio está programada para esta semana.

Nas salas do colégio abandonado também foram encontrados cachimbos de drogas e outros vestígios de que o local é frequentado por usuários
Nas salas do colégio abandonado também foram encontrados cachimbos de drogas e outros vestígios de que o local é frequentado por usuários
A sujeira toma conta em toda parte do colégio desativado
A sujeira toma conta em toda parte do colégio desativado
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