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Capital

Esquecida, Praça das Águas recebe dinheiro, mas obra não sai

Aline dos Santos | 22/06/2013 08:03
Erosão avança e praça segue sem atrativos. (Foto: Marcos Ermínio)
Erosão avança e praça segue sem atrativos. (Foto: Marcos Ermínio)
Leito de córrego tem centenas de pedra no caminho. (Foto: Marcos Ermínio)
Leito de córrego tem centenas de pedra no caminho. (Foto: Marcos Ermínio)

Não faltaram promessas de dinheiro e obras, mas a Praça das Águas entra no sexto ano como retrato de esquecimento. Localizada em ponto nobre da avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande, a praça teve começo festivo: foi inaugurada em 22 de novembro 2007 com plantio de árvores por crianças que se curaram do trânsito.

Os planos eram de auditório, mirante, além da instalação de bancos e estandes com temática ambiental. Em abril de 2009, nova promessa de melhor sorte: área de lazer, trilha até a cachoeira e correção do solo. No mês de agosto do ano passado, o Ministério da Integração Nacional repassou R$ 779 mil para a Prefeitura de Campo Grande.

No entanto, conforme o titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, o recurso não veio. Devido à ampliação do shopping, o poder público recebeu R$ 2 milhões para compensações. Do total, R$ 600 mil foram para a praça e o restante para obras no entorno.

Na placa comemorativa, datada de dezembro de 2012, consta inauguração de trilhas, pista de caminhada, ciclovias e locais para contemplação da cachoeira. Quem percorre a praça avista mato, lixo, uma faixa em concreto e uma ponte de madeira, ladeada por um lençol e um cartaz esquecido do protesto de ontem. No leito do córrego Prosa, o assoreamento engole o curso d’água. Não há uma, mas centenas de pedras no caminho.

Ao lado da única pista, uma segunda carreira de postes sem outra utilidade além de iluminar o mato. Se falta infraestrutura, a natureza é gentil nos atrativos: canto de pássaros e o ruído das águas.

Um tanto esquecida, a praça tem seu admirador. Pelo menos duas vezes por semana, Jairo Rodrigues, de 71 anos, deixa sua casa, na saída para Cuiabá, para caminhar no local. “Tem a natureza, muito bonito”, afirma.

Além de Jairo, a praça era ocupada na manhã desta sexta-feira por operários que limpam o terreno para começar o combate à erosão. Com o assoreamento, a água procura caminho nas cheias e avança para o paredão de terra que margeia o córrego. Desta forma, a margem direita sofre constante solapamento.

Na chuva do último dia 16, nova erosão: foi aberta uma cratera de quatro metros. O problema emergencial será corrigido no mês de julho pela Prefeitura. De acordo com Semy Ferraz, o reparo deve custar até R$ 300 mil e será feito pela equipe da secretaria. “Tem que reconstituir, reaterrar e plantar grama. Isso precisa ser feito antes do período de chuva”, afirma.

A atual gestão ainda não tem projeto para a área. Conforme o secretário, equipe do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) vai ao local para que a praça, enfim, ganhe atrativos.

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