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Capital

Esquema de falsificação ajudava árabes a se passarem por brasileiros

Luana Rodrigues | 26/07/2016 12:11
Delegados Cléo Mazzotti e Glauber Fonseca, falaram sobre investigação na manhã de hoje (26). (Foto: Alcides Neto)
Delegados Cléo Mazzotti e Glauber Fonseca, falaram sobre investigação na manhã de hoje (26). (Foto: Alcides Neto)

Emissão do passaporte para um árabe levou a polícia a investigar esquema em que eram confeccionadas certidões de nascimento para que estrangeiros se passassem por brasileiros.

Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Federal deflagrou a Operação Falsário, com objetivo de desmantelar a organização criminosa que fraudava os documentos. Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos, mas ninguém foi preso. 

Conforme informações do delegado regional de combate ao crime organizado, Cléo Mazzotti, e do delegado que responde pela unidade da PF e Ponta Porã, Glauber Fonseca de Carvalho Araújo, o esquema passou a ser investigado depois que um estrangeiro tentou tirar passaporte em Ponta Porã, em 2014 e acabou preso.

Ele estava com documentos “teoricamente” verdadeiros, mas na conferência de suas digitais, foi identificado que o homem era na verdade de nacionalidade Palestina.

Segundo a polícia, a fraude era feita num cartório de Areado, em São Gabriel do Oeste, onde eram confeccionadas certidões brasileiras verdadeiras para estrangeiros. A polícia ainda não diz qual funcionário era responsável pelas falsificações, mas afirma que ele recebia cerca de R$ 10 mil por cada documento confeccionado.

O dono do cartório também será investigado, mas por enquanto a polícia descarta a participação dele no esquema.

Até agora, as investigações apontam para quatro estrangeiros com certidões brasileiras. Essas pessoas já foram identificadas pela polícia e estão sendo monitoradas, mas os delegados acreditam que há mais beneficiários. “Com a documentação apreendida, vamos verificar se existem mais pessoas envolvidas e quem se beneficiou desse esquema”, afirmou Mazzotti.

Hoje ninguém foi preso, apenas foram cumpridos cinco mandados de busca em apreensão, sendo três em Campo Grande e dois em São Gabriel do Oeste. A polícia apreendeu documentos, celulares e computadores, mas os “petrechos” de falsificação não foram encontrados ainda.

Segundo a PF, os brasileiros podem ser indiciados por corrupção ativa ou passiva, inserção de dados falsos em sistema, falsificação de documentos e associação criminosa.

Os estrangeiros respondem pelos mesmos crimes e se condenados, serão expulsos do Brasil. Segundo a polícia, a operação não tem vinculação terrorista.

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