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Diversão

Estação ferroviária vai ter trem turístico, teatro de arena e campo de futebol

Viviane Oliveira e Ana Paula Carvalho | 21/12/2011 08:34

O parque da Estação Ferroviária vai integrar os complexos das Orlas Ferroviária e Morena

O local abrigará ciclovias, atividades de lazer, Teatro de Arena, campo futebol, quadra poliesportiva, estacionamento, integração da feira central com o parque da Esplanada.
O local abrigará ciclovias, atividades de lazer, Teatro de Arena, campo futebol, quadra poliesportiva, estacionamento, integração da feira central com o parque da Esplanada.

A Estação Ferroviária que teve a primeira etapa inaugurada na última segunda-feira (19), vai ter trem turístico, teatro de arena e campo de futebol. A informação é da diretora-presidente do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), Marta Martinez.

De acordo com ela, quando ficou definido a segunda etapa de reforma a prefeitura ficou responsável por desenvolver o projeto de toda explanada e do Centro de Documentação e Referência da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.

No ano passado iniciaram a elaboração do plano urbanístico do complexo da estação ferroviária. Na primeira etapa foi feita a parte da restauração e desenvolvido todo o trabalho da criação de um parque dentro da esplanada.

“Nesse projeto também ficaram definidas as soluções para a falta de drenagem na avenida Calógeras e o problema viário na saída da feira na rua Doutor Ferreira”, explica Marta.

Segundo ela, no plano urbanístico elaborado pela prefeitura futuramente terá a implantação de um trem turístico que vai da Estação Ferroviária até o Centro de Belas Artes. “Tudo isso faz parte do plano que vai definir as etapas junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)”, afirma.

O parque da Estação Ferroviária vai integrar os complexos das Orlas Ferroviária e Morena. O local abrigará ciclovias, atividades de lazer, Teatro de Arena, campo futebol, quadra poliesportiva, estacionamento, integração da feira central com o parque da esplanada.

O estudo foi feito com base em um levantamento histórico de como era a estação no início do século passado. Para elaborar o projeto foram usados fotos de 1912 e 1940 e depoimentos de antigos moradores.

No projeto inicial foram quebrados pequenos pedaços das paredes revelando as características originais. “Foram feitas escamação das paredes para definir as várias cores que tinha naquele local. As portas e as janelas foram baseadas na imagem que as pessoas tinham na memória”, explica a diretora.

Estação Ferroviária em 1939. A foto foi retirada do livro Ângelo Marcos Vieira de Arruda.
Estação Ferroviária em 1939. A foto foi retirada do livro Ângelo Marcos Vieira de Arruda.
Uma das fachadas da estação. Foto retirada do livro Ângelo Marcos Vieira de Arruda.
Uma das fachadas da estação. Foto retirada do livro Ângelo Marcos Vieira de Arruda.

No ano passado foi iniciado o plano de restauração junto com uma técnica da Planurb e com engenheiro da secretária de obras. “Por se tratar de um resgate histórico demanda um trabalho maior”, afirma Marta. Segundo ela, o projeto não tem um prazo para ficar pronto, tudo depende das etapas que serão avaliadas pelo Iphan.

Vagões poderão ser usados para abrigar biblioteca, palco de manifestação cultural e lanchonetes. “Será um Parque das Cidades Históricas”, finaliza.

Durante a inauguração desta primeira fase, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) aproveitou para pleitear R$ 15 milhões para revitalizar todo o entorno.

Empolgados - O ex-ferroviário Furlan Norival, 65 anos, disse que apesar de sentir falta da estrada de ferro, aprova a revitalização da estação. “Tudo que acontecer de melhoria é bom para os campo-grandenses e principalmente para nós que moramos na Vila dos Ferroviários”, afirma.

Conforme ele, mesmo com a reforma a característica do local ainda continua. “Eles não mudaram nada, apenas embelezaram”, disse Furlan que trabalhava no departamento jurídico da ferrovia.

O eletricista Divanir Marcondes, 59 anos, ao ser questionado sobre a estrada de ferro, faz uma viagem as suas lembranças. Ele viajava de trem para visitar os parentes em Corumbá.

“O lugar me traz várias recordações. Quero vir aqui com os meus netos e contar um pouco da história sul-mato-grossense para eles”, disse Divanir que o lugar é um marco histórico e a revitalização não tirou a originalidade da Noroeste do Brasil.

Para o aposentado João Amorim, 72 anos, tempo bom era a época da ferrovia. “Nossa, aqui o movimento era grande de carga chegando e saindo, todo mundo ganhava dinheiro com a estação”, disse o aposentado.

Segundo ele, mora na região central e toda vez que chega no local relembra as viagens de trem. “Com a revitalização eles estão devolvendo a vida para a Noroeste do Brasil”.

Na primeira etapa foi feita a parte da restauração e desenvolvido todo o trabalho da criação de um parque dentro da esplanada. (Foto: Simão Nogueira)
Na primeira etapa foi feita a parte da restauração e desenvolvido todo o trabalho da criação de um parque dentro da esplanada. (Foto: Simão Nogueira)
Maquete eletrônica mostra como será o novo ambiente da Orla Ferroviária com restauração da estação.
Maquete eletrônica mostra como será o novo ambiente da Orla Ferroviária com restauração da estação.
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