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Capital

Estudantes da UFMS denunciam ação da PM ao MPE e pregam “mudanças”

Michel Faustino | 24/03/2015 18:27
Comunicado está sendo divulgado nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Facebook)
Comunicado está sendo divulgado nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Facebook)

Entidades ligadas a diversos cursos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) decidiram se manifestar a respeito do episódio ocorrido na última sexta-feira (20) envolvendo acadêmicos e a Policia Militar no entorno da instituição. A ação dos militares virou motivo de denuncia encaminhada ao MPE (Ministério Público Estadual) nesta terça-feira (24). Apesar de considerarem a ação dos agentes "desnecessária", as representatividades reconhecem a “culpa” dos acadêmicos e pregam mudanças.

Em nota, as associações atléticas afirmam que no dia do ocorrido, acadêmicos de diversos cursos da UFMS e outras instituições estavam reunidos nos bares, como é de costume, ressaltando que tal pratica é tradicional e ocorre há anos, e até então nunca foi alvo de ações “dessas proporções”.

O documento contraria ainda informação divulgada pela Sejusp (Secretaria de Estado e Segurança Pública) de que os os acadêmicos foram orientados pelos militares para que deixassem a via.

“Não houve tentativa de diálogo por parte dos agentes policiais para com os acadêmicos, apenas para com os donos dos bares. Na tentativa de entender a presença do batalhão, três estudantes tomaram a iniciativa de procurá-los individualmente, ocasião na qual foi determinado que retirassem todos da via. A um deles foi dado o prazo de 20 segundos para dispersar cerca de 300 pessoas, sozinho, tempo claramente inviável para cumprir tal ordem”, justifica a nota.

Com isso, a utilização de gás lacrimogênio e gás pimenta por partes dos agentes mostrou-se desproporcional, excessiva e abusiva, vez que outros métodos não ofensivos poderiam ter sido utilizados.

O comunicado segue dizendo que, “as Associações Atléticas Acadêmicas prezam pela manutenção da ordem e exercício pleno do direito de todos, razão pela qual reconhecem que os estudantes que obstruíam a via de rolamento possuem parcela de culpa no acontecido. Entretanto, a ação policial, pelo que aqui foi exposto, mostrou-se claramente desproporcional”.

Em razão deste conflito, as entidades se propuseram a divulgar “massivamente” nas mídias sociais projetos de conscientização de nossos associados para evitar a aglomeração na via. Nossos dirigentes irão ainda, formar cordões de isolamento quando houver obstrução, a fim de conter os acadêmicos e orientá-los a posicionar-se nas calçadas.

“Buscaremos as autoridades públicas (Agetran, Secretaria de Segurança Pública e Semadur) e os moradores da região para que, com apoio do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU), encontremos soluções para este problema de mobilidade urbana que atinge não só os estudantes e motoristas, como também os moradores e sociedade em geral. Por fim, fica aqui o pedido às autoridades públicas para que abram um canal de diálogo conosco, que queremos apenas usufruir de um momento de lazer em paz, tendo nossos direitos garantidos sem afrontar os alheios”, encerra.

O vídeo abaixo mostra a ação dos policiais.

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