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Capital

Ex-combatentes da FEB recebem homenagem, mas museu está fechado

Kleber Clajus | 30/06/2014 15:04
Homenagem ocorre nas comemorações dos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (Foto: Cleber Gellio)
Homenagem ocorre nas comemorações dos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (Foto: Cleber Gellio)

Quatro ex-combatentes da FEB (Força Expedicionária Brasileira) foram homenageados, nesta segunda-feira (30), durante evento de comemoração dos 70 anos do fim da 2ª Guerra Mundial. A solenidade ocorreu no monumento em frente ao museu da FEB, fechado desde janeiro para reforma, na Avenida Afonso Pena.

Agostinho Gonçalves Mota, 89, relembrou que hoje são poucos os que vivenciaram e podem contar sobre a incursão brasileira contra a Alemanha nazista, sendo um dos 25,4 mil expedicionários que partiram para a Itália em julho de 1944.

“Fico honrado pela lembrança, pois houve um tempo em que ficamos completamente abandonados, em que alguns morreram por falta de assistência e amparo. Éramos cerca de 700 e hoje não restam 20”, comentou Agostinho, que preside a Associação Nacional dos Veteranos da FEB em Mato Grosso do Sul.

Partiram do Estado integrantes do 9º Batalhão de engenharia, de Aquidauana, que compunham parte de uma divisão de Infantaria e um Esquadrão de caças-bombardeio que teve como mais reconhecida ação a tomada de Monte Castelo.

Com o término da guerra, itens como fardas, distintivos, jornais e medalhas da época foram trazidos pelos combatentes e reunidos, em 1995, para compor acervo do museu da FEB, localizado em um prédio de 1922, na Avenida Afonso Pena. Contudo o espaço só funcionou mesmo a partir de 2002 até dezembro do ano passado.

De acordo com o comandante Militar do Oeste, general do Exército Juarez Aparecido de Paula Cunha, o fechamento do espaço é temporário e deve ampliar a atuação do espaço para contar não apenas os feitos heroicos dos pracinhas, mas também a história dos militares em Mato Grosso do Sul, como a Guerra do Paraguai.

“O que se quer é transformar esse museu em um espaço bem estruturado e para isso dependemos de recurso”, pontuou o comandante do CMO.

Nesse sentido, o projeto já foi inscrito no Programa Mecenas para valorização do patrimônio histórico e cultural militar. O recurso, quando aprovado pelo Ministério da Cultura, poderá ser captado com base na Lei Rouanet (8.313/1991), onde pessoas físicas podem destinar 6% do Imposto de Renda para projetos culturais.

Presente na homenagem, o prefeito Gilmar Olarte (PP) ressaltou seu “respeito a esses heróis que deram suas vidas em prol da nossa pátria”. Ele disse ainda não haver dificuldades em apoiar a reforma do museu, inclusive intermediando recursos com a bancada federal.

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