Falta de exames nas unidades básicas superlota pronto socorro do HR
A suposta “indisponibilidade” de exames nas unidades de saúde de Campo Grande está sendo investigada pelo MPE (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e tem sido apontada como uma das principais causas da superlotação no PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Regional.
De acordo com o inquérito cívil público publicado pelo órgão nesta segunda-feira (26), a situação estaria ocorrendo em ao menos três unidades: nos Centros Regionais de Saúde dos bairros Guanandi, Aero Rancho e Coophavila ll.
Conforme o órgão, a eventual demanda reprimida nestas unidades estaria sobrecarregando o PAM do HR com casos de menor complexidade.
O hospital vem enfrentando esta situação desde o ano passado, como por diversas vezes foi divulgado pelo Campo Grande News. Atualmente, o PAM opera com 55% de pacientes a mais de sua capacidade. Ao todo são 77 leitos.
Apesar dos números, a própria diretoria afirma que grande parte dos pacientes atendidos são por demanda espontânea, ou seja, aqueles que buscam atendimento direto no hospital e não passam pela unidades de saúde. A maioria desses pacientes são do interior do Estado.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), afirma que ainda não foi notificada e por enquanto não deve se manifestar sobre o inquérito. No entanto, a secretaria ressalta que atualmente não existe demanda reprimida nas unidades de saúde do município e todos os exames estão sendo realizados.
Segundo a Sesau, atualmente Campo Grande conta com oito aparelhos de raio-x dispostos em UPA's (Unidades de Pronto Atendimento) e Centros Regionais de Saúde. Além disso, os exames cardíacos também estão sendo feitos conforme a demanda.