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Capital

Família contesta que homem forjou a própria morte ao queimar ossada

Luana Rodrigues | 08/12/2015 08:51

A família de Bruno Franco de Godoi de 26 anos contesta a linha de investigação da polícia de que houve simulação da própria morte por parte do rapaz no caso da ossada carbonizada, encontrada no porta-malas de um veículo na manhã da última quinta-feira(03), em uma estrada vicinal que dá acesso a pista de aeromodelismo, no minianel viário de Campo Grande, entre as saídas de Sidrolândia e Aquidauana. Duas hipóteses foram levantadas pela polícia, uma em que a vítima tenha simulado a morte e outra de que tenha sido assassinada.

Conforme a advogada da família, Mirella Prado, é remota possibilidade do Bruno ter forjado a própria morte."A família agarra-se até a última esperança, haja vista que não fora comprovado devidamente que trata-se de Bruno, não se apegando em mera suposições e especulações", afirmou a advogada.

O delegado Paulo Henrique Sá, responsável pelo caso, disse que realmente ainda não há nada comprovando o fato de Bruno ter forjado a própria morte, mas esta é uma das principais linhas de investigação da polícia. "Não descartamos outras possibilidades, no entanto estamos buscando explicações para a cena nada comum que encontramos e pelos elementos, é possível que a fraude tenha ocorrido, por parte dele ou de outra pessoa", explicou o delegado.

Bruno não foi encontrado na casa onde mora no bairro Almeida Lima, e a família dele, que é de Dourados, também não sabe de seu paradeiro."Vamos investigar o paradeiro dele, a origem da ossada e se o Bruno tem alguma relação com tudo que foi encontrado ontem", afirmou o delegado.

Caso tenha forjado a própria morte, Bruno pode responder por comunicação falsa de crime, fraude processual e vilipêndio de cadáver. Ele já tem passagens pela polícia por estelionato, ameaça, falsificação de documento público, porte ilegal de arma de uso permitido, receptação, lesão corporal dolosa e violência doméstica.

Achado - Policiais militares foram até uma estrada vicinal, depois que um catador de latinhas encontrou um carro queimado e avisou o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).

No porta-malas do carro havia uma ossada humana, além de quatro pneus, indicando que o criminoso teria usado o método “micro-ondas”, onde envolvem a vítima com a borracha e ateiam fogo, para acelerar o processo de queimar o corpo. Documentos foram encontrados do lado de fora do carro em nome de Bruno e o veículo também estava no nome dele.

No dia 22 do mês passado, Bruno havia registrado um boletim de ocorrência alegando ter sido vítima de uma tentativa de homicídio. Quatro dias depois, a mãe dele foi até a delegacia registrar o desaparecimento do rapaz.

A perícia da Polícia Civil foi chamada pelos policiais e deve confirmar, após exames, se a ossada é da mesma pessoa identificada nos documentos encontrados. O laudo deve ficar pronto em até dez dias.

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