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Capital

Família da Capital aciona Justiça após bar servir suco com cachaça a bebê

Graziela Rezende | 05/02/2014 15:12

Uma viagem que, a princípio, seria somente de diversão e tranquilidade, quase se transformou em tragédia para a família do servidor público Paulo José, 37 anos. Ao pedir um suco e “enfatizar” que deveria ser de frutas, para os filhos de um e nove anos, ele foi surpreendido ao percebeu que o bebê havia ingerido uma mamadeira inteira de polpa de abacaxi com cachaça.

O fato ocorreu na segunda vez que ele foi à barraca Com Amor Beach Bar, localizada em Aracajú (SE). Assim que chegou à cidade, Paulo conta que questionou vários moradores sobre locais adequados para ficarem com as crianças. “Disseram que lá era um ótimo lugar para o público infantil e realmente não tivemos problemas com atendimentos no primeiro dia”, conta o servidor público.

No entanto, no 2° passeio na Praia do Refúgio, eles voltaram a almoçar na barraca de grande infraestrutura. “O fato ocorreu no dia 15 de janeiro, logo após a nossa refeição. Minha esposa chamou a garçonete e perguntou a ela se havia suco natural da fruta e não somente de polpa. Foi o momento em que a funcionária sugeriu o suco de abacaxi com hortelã e meu filho de 9 anos optou por aquele”, relembra o servidor.

Jarra cheia - Assim que chegou a jarra com bastante gelo, Santos encheu a mamadeira do menino. “Estava bem gelado e ele tomou tudo. Foi quando servi mais 70 ml na mamadeira dele e o líquido ficou lá. Pouco tempo depois, meu filho mais velho, que estava jogando bola, chegou e pediu algo para beber. Servi a ele e o garoto comentou que a bebida estava estranha”, diz o servidor.

Ao experimentar, Paulo diz que sentiu um gosto forte de cachaça. “Estava forte, com mais álcool do que em uma caipirinha, por exemplo. Eu me aproximei de um advogado que reside em Brasília e inclusive conheci lá. Pedi a ele para experimentar a bebida e dizer do que se tratava, quando ele sentiu o mesmo gosto”, fala ao Campo Grande News o servidor.

Indignados, eles chamaram a funcionária que havia sugerido o suco de abacaxi com hortelã. “Ela apenas recolheu rapidamente a bebida e falou que já estava providenciando outra. Logo um gerente nos pediu desculpas, mas esse não é o procedimento correto. Mais tarde, a proprietária do estabelecimento chegou com a outra trabalhadora que tinha feito o suco”, conta.

Ambas, por mais de uma vez, negaram que a bebida continha álcool. “A dona disse que era evangélica e que não tomava álcool, sendo que experimentou a jarra e não tinha álcool. Por sorte, havia um restante que eu tinha colocado na mamadeira do meu filho e as fiz experimentar. Na hora, as duas cuspiram rapidamente e a funcionária chorou muito”, garante o servidor.

Enquanto a dona pediu a ele para não pagar a conta, Paulo exigiu uma nota contendo os itens consumidos. “Achei muito descaso da parte deles, não chamarem uma ambulância ou até mesmo ter pego o meu telefone para perguntarem sobre a criança posteriormente”, avalia o servidor.

A pediatra, que reside em Campo Grande, sugeriu aos pais para darem frutas, leite do peito e picolé ao menino. “Por sorte ele não teve nada grave, embora tenha perdido o sono o dia todo, sendo que chorava muito e foi deitar às 23h daquele dia, mas acordava chorando de meia em meia hora”, conta.

Já na Capital, duas semanas após o fato, o servidor público diz que acionará a empresa por danos morais. “Senti um descaso enorme por parte deles, por isso vamos entrar com uma ação na Justiça. Isso também é um alerta para muitos pais, de não confiarem na bebida que está sendo servida para as crianças, já que ele poderia ter tido uma reação mais grave”, finaliza Santos.

Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de atendimento ao turista do município e a Polícia dá andamento ao caso.

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