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Capital

Família de jovem morto colhe material genético para comparar com ossada

Ana Paula Carvalho | 02/09/2011 17:37
Policiais e bombeiros fizeram buscas pelo corpo do jovem em aterro sanitário. (Foto: João Garrigó)
Policiais e bombeiros fizeram buscas pelo corpo do jovem em aterro sanitário. (Foto: João Garrigó)

Mãe e irmão do jovem Aristides Cavalheiro Lopes, de 19 anos, espancado e morto no dia 12 de maio deste ano, no Jardim Noroeste, colheram material genético para comparar com a ossada encontrada no final da manhã da última segunda-feira (29), em Campo Grande.

O jovem era usuário de drogas e já havia feito alguns roubos. De acordo com a Polícia Civil, Aristides foi espancado durante uma hora, depois morto esganado e o corpo colocado em um saco de lixo e jogado no lixão localizado no mesmo bairro. A polícia chegou a fazer buscas pelo aterro sanitário, onde o corpo teria sido jogado, mas nada foi encontrado.

A ossada foi encontrada em um terreno na rua Atlanta, próximo ao anel rodoviário, saída para Três Lagoas. Na mesma região onde o corpo de Aristides teria sido deixado. A Polícia foi acionada por uma pessoa que passava pelo local e se deparou com um crânio.

Os ossos estavam espalhados e podem ter ficado mais visíveis depois que o terreno foi limpo.

Segundo o delegado Márcio Custódio, que acompanhou o caso, não há sinais de violência no crânio e apenas exames necroscópicos do IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal) podem comprovar as causas e a provável data da morte, assim como o sexo. Junto aos ossos foi encontrado também um pedaço de roupa desgastado na cor azul.

O delegado afirmou que vai aguardar o resultado dos exames para se manifestar sobre o caso. Há indícios de que a ossada não tinha arcada dentária, o que pode mudar os rumos das investigações. Por enquanto não há como afirmar de quem é a ossada.

O caso- Conforme denúncia do MPE, estão envolvidos no crime nove adultos e um adolescente, que está apreendido, segundo a Polícia Civil.

Estão presos Wagner Albuquerque de Oliveira, 25 nos, Milton Bogado, 49 anos, e Wesley Mendes Bogado, 19 anos. Já Gilberto Ferreira Carlos de Souza e Anderson Luciano de Souza Moraes, 36 anos, estão foragidos. O advogado deste último disse à Justiça que seu cliente pretende se apresentar. Gilberto é apontado como executor da morte.

Outros réus pelo crime: Tatiane Andrade da Silva, Marcelo Carlos de Souza e Reginaldo de Almeida Marcelino da Cruz, respondem ao processo em liberdade. Reginaldo pode ter a acusação suspensa caso o MPE concorde com a proposta da defesa e ele aceite condições impostas pela Justiça.

Segundo as irmãs de Aristides, ele era usuário de drogas e já fez alguns roubos. Elas disseram que quando souberam que o irmão não havia dormido em casa, passaram a procurar por ele no bairro e todos diziam que ele havia sido morto. “Inclusive crianças diziam que o corpo tinha sido jogado no lixão”, falou Mary.

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