ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Família de Timóteo fará protesto contra veto a serviço de transplante

Aline dos Santos | 15/10/2014 17:25
Bebê Timóteo morreu à espera de doador. (Foto: Reprodução/Facebook)
Bebê Timóteo morreu à espera de doador. (Foto: Reprodução/Facebook)

A família do bebê Timóteo, que morreu à espera de um doador de medula e mobilizou diversas campanhas de doação, fará protesto amanhã em Campo Grande contra o veto do governo ao projeto, aprovado na Assembleia Legislativa, que institui a “Política Estadual de Mobilização para a Doação de Medula Óssea em Mato Grosso do Sul”.

“O projeto tinha duas coisas, questão da campanha doação de medula e a construção do centro de transplante no Hospital Regional. Mas o governador vetou, falou que era inconstitucional”, afirma Diego Recena Aydos, 35 anos, pai de Timóteo.

Segundo ele, a pessoa que consegue doador precisa esperar uma vaga em São Paulo para transplante. “A pessoa se muda, tem que conseguir uma casa de apoio. É muito ruim se deslocar para outro Estado. A mãe vai com o filho, fica quatro, cinco meses fora”, afirma Diego.

O paciente também precisa mudar de médico. A mobilização será realizada amanhã, das 11h às 13h, no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua 14 de Julho.

“Acredito que não vá muita gente. Mas eu continuo na luta por viver o drama, por não querer que os outros passem por isso, é muto ruim. Meu primeiro filho foi para Campinas. O corpo veio de avião, os políticos não têm ideia do que é isso”, afirma o pai.

O veto do governador André Puccinelli (PMDB) foi publicado na última segunda-feira. De acordo com a negativa, o projeto é inconstitucional, pois deveria ter sido iniciativa do Poder Executivo. Além disso, não há previsão orçamentária para que a proposta saia do papel e não seja “lei de aparência”. A implantação do serviço de transplante de medula óssea depende de parecer do Inca (Instituto Nacional do Câncer).

O texto também cita que o Estado tem cota de 8.565 para novos cadastros por ano. No ano passado, foram 8.737cadastros de novos doadores, “portanto, acima da cota estipulada, pelo Ministério da Saúde, que não aprova ressarcimento dos procedimentos acima da cota”.

Nos siga no Google Notícias