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Capital

Família questiona prontuário de paciente em estado vegetativo

Ricardo Campos Jr. | 19/01/2015 17:43
Valdemar, presidente da Associação das Vítimas de Erros Médicos, compara prontuário entregue à família com modelo tradicional, conseguido por outros pacientes que ele atende (Foto: Alcides Neto)
Valdemar, presidente da Associação das Vítimas de Erros Médicos, compara prontuário entregue à família com modelo tradicional, conseguido por outros pacientes que ele atende (Foto: Alcides Neto)

Por meio da Associação das Vítimas de Erros Médicos, a família do vendedor autônomo Sílvio José Ramos Júnior, 33 anos, protocolou nesta sexta-feira (16) uma manifestação no MPE (Ministério Público Federal) contra o documento entregue pela secretaria de Saúde como sendo o prontuário dele. Há quatro meses, o paciente deu entrada no posto de saúde do Tiradentes, convulsionou, foi internado em CTI e hoje vive em estado vegetativo. No relatório não consta identificação do médico, data e até mesmo o local do atendimento.

A pasta informou, por meio da assessoria, que o modelo de prontuário disponibilizado à família é eletrônico, o usual, que é entregue em todas as solicitações. Nele constam todas as informações dos procedimentos adotados e, contradizendo o que disseram os parentes, com o nome do médico que o atendeu. Cada um deles tem sua senha individual de acesso e digitalização de prontuário, o que possibilita e caracteriza sua exclusividade e assinatura do mesmo.

Valdemar Morais de Souza, presidente da entidade, mostrou o documento entregue ao MPE informando o que considerou falho no prontuário. No dia 12 de janeiro ele já havia feito denúncia no órgão e esse novo papel deverá ser anexado aos autos. Ainda não foi aberto inquérito. Uma reunião foi agendada na promotoria na próxima semana.

Providências - O caso também foi registrado na Polícia Civil, tendo em vista que a família acredita que Juninho tenha sido vítima de erro médico. A associação também vai pedir ressarcimento do valor pago por exames particulares para o diagnóstico do vendedor autônomo, tendo em vista que ele deu entrada para atendimento no SUS e foi encaminhado para a rede particular sem intervenção dos parentes.

“Ele chegou andando no posto. Ele ligou para a minha mãe dizendo que faria uma consulta, procurava o posto por qualquer coisa que sentia. Fizeram um exame físico e o levaram para o repouso. Meu irmão tomou a medicação, continuava falando. De repente, eu entrei no quarto e ele estava se torcendo, rasgou a roupa do corpo. Permaneceu naquele estado por cinco horas, não tinha ambulância para mandá-lo para o hospital”, relata o irmão de Sílvio, Renato Gama.

Uma vez na rede particular, Juninho começou a passar por diversos exames para que se chegasse a uma explicação para o problema que teve.

“A cada resultado alegavam uma coisa diferente, mas nunca tinham uma concretização. Chegou a fazer um exame que acusou sinusite grave aguda” relata. Foram 21 dias de internação na UTI do local. Durante esse tempo, Renato não se lembra exatamente qual dia, uma funcionária da unidade anunciou que a partir daquele momento, o tratamento seria por conta da família. “Eles começaram a cobrar. Só em exames foram quase R$ 3 mil.

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