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Capital

Farmacêutico acusado de morte de rapaz será novamente interrogado

Nadyenka Castro | 05/10/2011 15:26

A pedido da assistência de acusação, Justiça irá ouvir Delcy Lima de Oliveira e duas testemunhas, em novembro

Será mais uma vez interrogado em juízo o farmacêutico Delcy Lima de Oliveira, acusado de ser o responsável pela morte de Dario Dibo Nasser Lani, de 23 anos, ocorrida em 13 de abril de 2009.

O segundo interrogatório do réu será no dia 8 de novembro, a partir das 15h45min, na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Na mesma data também serão ouvidas duas testemunhas.

O novo interrogatório e os depoimentos das testemunhas, citadas como assistentes técnicos da defesa, serão realizados a pedido da assistência de acusação, conforme explicou o advogado José Trad, que atua na acusação.

O magistrado já mandou o farmacêutico a júri popular, mas, a defesa recorreu da sentença de pronúncia e o caso agora está com o STJ (Superior Tribunal de Justiça). A intenção da defesa é anular a ação penal.

O caso Dario morreu no hospital e o atestado de óbito apontou infarto agudo do miocárdio e, de acordo com Marcelo Benck, o médico que assinou o documento afirmou à Polícia e em juízo que o caso foi morte natural.

A morte passou a ser investigada após alguns dias, a pedido da família, a qual encontrou no quarto de Dario frascos com medicamentos clembuterol 3 e também anabolizantes. Nos frascos de clembuterol 3 havia o rótulo da farmácia de Delci.

A partir disso, o farmacêutico passou a ser apontado como o responsável pela morte. Conforme denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), o remédio foi preparado com dosagem mil vezes superior à recomendada ao consumo humano, sendo ministrado no Brasil apenas para fins veterinários.

Para o MPE, o farmacêutico possuía pleno conhecimento do exercício da profissão e sabia dos efeitos colaterais.

A defesa de Delcy de Oliveira alega que não há provas de que o estudante tenha tomado o medicamento e nem que o mesmo tenha causado a morte. Tratando-se de um caso de morte natural.

O advogado Marcelo Benck, que atua na defesa, diz que o jovem já apresentava saúde debilitada e o corpo não foi exumado, podendo assim ser feito exame necroscópico.

Durante o inquérito policial, o farmacêutico admitiu a venda, mas afirmou que acreditava que o medicamento seria para animais.

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