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Capital

Festa de torcida tem combinação de risco: jovens, álcool e nada de fiscalização

Marta Ferreira e Nyelder Rodrigues | 12/07/2012 02:21
Jovens tiveram oferta de bebida à vontade, sem fiscalização. (Foto: Minamar Junior)
Jovens tiveram oferta de bebida à vontade, sem fiscalização. (Foto: Minamar Junior)

A noite de espera e de comemoração dos palmeirenses em Campo Grande pelo título da Copa do Brasil repetiu um cenário que tem se transformado em risco de morte para jovens: a alegria turbinada pela bebida alcoólica, sem distinção de idade. Copos, latas e garrafas de cerveja e vodka eram encontradas pelo chão, e nas mãos.

No local onde se concentraram os palmeirenses, na avenida Mato Grosso, alguns foram abordados pela reportagem, e todos garantiam ter 18 anos ou mais, ainda que aparência fosse de menos idade. Nenhum quis se identificar e dar entrevista.

Havia policiamento, mas assim como tem ocorrido em outras concentrações de público, a preocupação era em evitar tumultos. Em conversa sobre as ocorrências com um policial militar que trabalhava na festa, ele apontou que a responsabilidade de fiscalizar a venda de bebidas alcoólicas para adolescentes era de outro órgão.

“A Polícia Militar (PM) tem que garantir a segurança pública. Fiscalizar a venda de bebidas para menores é função do juizado de menores. Nós fazemos apenas uma verificação superficial”.

Assunto difícil- A mesma recusa em conversar com a reportagem sobre o consumo livre de bebida alcoólica verificada entre os adolescentes se repetiu com os aparentemente adultos. Alguns até eram receptivos no início, por causa da festa pelo tão aguardado título, mas quando revelado o tema, logo vinha e negativa.

Em um dos bares visitados, apenas uma pessoa, sem se identificar, resumiu um pensamento de risco comum. “É uma festa e todo mundo está bebendo. É só tomar cuidado, não correr, que não mata ninguém”, comentou o torcedor.

Ao final da partida, várias pessoas seguiam com cerveja nas mãos em direção aos veículos. Se aproveitando da falta de fiscalização na avenida Mato Grosso, saíam dirigindo sem enfrentar problemas.

Na avenida Afonso Pena, tradicional ponto de comemoração das torcidas, a Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) esteve presente com várias viaturas, para controlar o tráfego e evitar tumultos. Fiscalização em relação ao consumo de bebida, que é proibido em Campo Grande em locais públicos por lei, não foi vista pela reportagem.

No chão, o que restou da vodka e da cerveja consumidas na festa.
No chão, o que restou da vodka e da cerveja consumidas na festa.
Polícia estava no local, mas para evitar tumultos. Não havia outros órgãos de fiscalização.
Polícia estava no local, mas para evitar tumultos. Não havia outros órgãos de fiscalização.
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