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Capital

Filho de policial que matou amigo vai a júri e pedido é por pena máxima

Luana Rodrigues | 14/10/2015 10:47
Promotoria pediu que acusado simulasse no Tribunal o momento em que a arma disparou. (Foto: Luana Rodrigues)
Promotoria pediu que acusado simulasse no Tribunal o momento em que a arma disparou. (Foto: Luana Rodrigues)

Em depoimento à Justiça nesta quata-feira(14), Guilherme Henrique Santana de Andrea chorou ao falar sobre a morte do servidor público e universitário Ítalo Marcelo de Brito Nogueira, ocorrida em 4 de junho de 2010, em Campo Grande.

Em aproximadamente meia-hora, Guilherme contou sua versão sobre o que aconteceu na festa onde Ítalo morreu. O rapaz falou à Justiça que chegou ao local por volta das 18h20min e lá permaneceu por cerca de uma hora. Segundo Guilherme, o churrasco havia começado pela manhã e quando ele chegou todos que lá estavam tinham ingerido bebida alcoólica.

Segundo o réu, em determinado momento, quando conversava com uma moça que participava da festa, ela pediu que ele abaixasse o volume do som da Blazer, um veículo pertencente à Polícia Civil. Enquanto isso, o pai dele, o policial civil Pedro Wladimir de Andrea, era alvo de brincadeira de familiares e também pediu para que fosse até a Blazer. "Fui até o carro e vi que a arma estava em cima do banco, e o carro aberto, parecia que alguém tinha mexido. Decidi guardar dentro da casa, até tentei passar pela porta da sala para não passar no meio dos outros, mas estava trancada", contou.

Conforme o depoimento do rapaz, a viatura descaracterizada estava na garagem da residência que pertence a parentes do acusado, com as portas entreabertas, porque era do aparelho de som do veículo que saía a música que animava o evento. “Encontrei o Itálo no meio do caminho, ele começou a brincar comigo,a me enforcar para tomar a arma, mas na brincadeira. Eu me senti sufocado, então me mexi para sair dele. Aí o revólver disparou”, disse, em lágrimas, o jovem.

Guilherme conta que no momento disparo nem ele, nem ninguém perceberam que havia tido um tiro, pois muitas pessoas soltavam rojões no local. “A hora que eu olhei para ele [Ítalo], ele estava encostado na parede, ele estava caindo e veio um amigo do meu pai e pegou ele pelas costas”.

Apesar do depoimento do rapaz, a promotoria afirmou que testemunhas disseram que Guilherme apontou a arma para Italo, por isso pediu ao acusado que simulasse no Tribunal o momento em que a arma disparou.

O pai da vítima, o policial militar da reserva Ítalo Nogueira de 59 anos, e outros familiares, acompanham o julgamento. "Hoje faz 5 anos, 4 meses e 10 dias que eu estou nessa luta, nesse sofrimento, estava vivendo um momento muito especial com meu filho... Ele disse que foi na brincadeira, mas falaram muitas mentiras nesse julgamento... Quero justiça e espero que ele tenha pena máxima", disse Nogueira.

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