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Capital

Fiocruz mantém equipe na Capital para monitorar pacientes com zika

Natalia Yahn | 23/02/2016 13:30
No Lacen, em Campo Grande, área de trabalho onde é realizado o exame que detecta o zika vírus. (Foto: Natalia Yahn)
No Lacen, em Campo Grande, área de trabalho onde é realizado o exame que detecta o zika vírus. (Foto: Natalia Yahn)

Uma equipe técnica da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do Rio de Janeiro (RJ), está em Campo Grande há uma semana para acompanhar pacientes com sintomas do zika vírus. O trabalho é realizado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino e deve acontecer até sexta-feira (26).

O médico infectologista e representante da Fiocruz em Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha, explica que a função da equipe é apenas observar e monitorar pacientes com suspeita de zika. “A Fiocruz tem um grupo de estudos, faz tempo. Queremos entender porque uma pessoa tem dengue, por exemplo, mais grave e outras menos grave. É uma observação para manter a qualidade do kit produzido para detectar zika”.

Ele afirmou que os kits que vão detectar dengue, zika e chikungunya por intermédio de uma única amostra ainda não estão disponíveis no Estado. “A fabricação continua e paralelamente a análise da qualidade, se há necessidade ou não de ajustes. Assim como milhares de pesquisadores no Brasil estamos observando para entender o vírus (zika)”, disse o médico.

Ontem (22), o secretário Municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, não soube informar com exatidão o motivo da estadia da equipe na Capital. “Estamos fazendo testes para ver se conseguimos confirmar as patologias mais rapidamente, como maior resolutividade, sem esperar tanto. Porque hoje a pessoa espera 40 dias para saber se esta com a doença ou não”.

Kits - A Fiocruz e o Ministério da Saúde, divulgaram no dia 16 janeiro deste ano que até o fim de fevereiro iria começar a distribuição das primeiras 50 mil unidades do Kit NAT Discriminatório para dengue, zika e chikungunya, que permitirão o diagnóstico simultâneo das três doenças com maior agilidade. Outra qualidade é a redução do custo de aplicação do teste.

“O teste que vamos distribuir vai dizer de maneira objetiva dentro de duas horas qual é a enfermidade que a pessoa está acometida”, disse na época o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Os kits serão encaminhados a 18 dos 27 laboratórios centrais (Lacen) do Ministério da Saúde, localizados em cada estado do País, que estão equipados para receber os 50 mil testes, produzidos pela Fiocruz. Outros três laboratórios estão sendo preparados para receber os testes. A previsão é que até o fim do ano sejam distribuídos 500 mil kits.

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, informou que se os testes fossem produzidos por laboratórios privados e com aplicações para cada tipo das três doenças custariam entre R$ 900 e mais de R$ 2 mil.

“Na escala que estamos fazendo esse teste vai sair com um custo entre US$18 a US$20. Então, só é possível colocar isso em escala de saúde pública, vai ser feito nos Lacens e nas áreas de referências e para estudos, ele se torna factível como instrumento de saúde pública”, analisou.

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