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Capital

Fogo destrói R$ 70 mil em materiais que pagariam o 13º de Cooperativa

Ângela Kempfer e Leonardo Rocha | 09/08/2015 10:56
Local onde ficava o estoque. (Foto: Marcos Ermínio)
Local onde ficava o estoque. (Foto: Marcos Ermínio)

No fim da tarde de ontem o fogo novamente destruiu parte do depósito da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis nos Aterros Sanitários, em Campo Grande. É o segundo caso em 3 anos. Desta vez, a estimativa é de prejuízo entre R$ 70 mil e R$ 75 mil na UTR (Unidade de Tratamento de Resíduos), no bairro Dom Antônio Barbosa.

Os bombeiros foram acionados por volta das 18h30, quinze minutos depois estavam no local, mas as chamas já haviam consumido parte do material estocado ao ar livre. Segundo a entidade, o grupo costuma guardar cobre, alumínio e outros produtos mais nobres, para garantir dinheiro para o pagamento do 13º dos catadores no fim do ano. “Tinha muitos perfumes também, por isso o fogo se alastrou rapidamente”, explica Daniel Obelar, presidente da Cooperativa.

Hoje pela manhã, representantes da prefeitura estiveram no local. (Foto: Marcos Ermínio)
Hoje pela manhã, representantes da prefeitura estiveram no local. (Foto: Marcos Ermínio)

O lugar, ativado em setembro de 2012, fica ao lado de grandes terrenos cobertos pelo mato. Por isso, ainda não é possível dizer se o incêndio foi criminoso ou provocado por queimadas deste período de estiagem. Em uma das áreas, que fica em frente ao depósito, há sinais deixados também pelo fogo.

Em setembro de 2013, um incêndio criminoso já havia provocado prejuízo em dobro, com cerca de R$ 150 mil perdidos, segundo os catadores.

Naquela época, a prefeitura fez um empréstimo à Cooperativa, uma possibilidade que os próprios trabalhadores rejeitam agora. “Ficamos com muitas dívidas, atolados para pagar. Agora não vamos aceitar se a ajuda for em sistema de empréstimo”, avisa Daniel.

Hoje pela manhã, o presidente da Funsat, Cícero Ávila, e diretor-presidente do Planurb, Marcos Cristaldo, estiveram no Dom Antônio Barbosa para saber detalhes do incêndio. Eles ficaram sabendo ontem, pela imprensa, e foram até o lugar a pedido do prefeito Gilmar Olarte. A primeira providência foi pedir à entidade o registro de um Boletim de Ocorrência, para que sejam investigadas as causas do fogo.

O compromisso é de agendar uma reunião para a próxima terça-feira, com o prefeito, para definir a forma como o Município poderá ajudar. O secretário de Segurança Pública também deve ser acionado para acompanhar a apuração.

Cícero Ávila lembra que existe um projeto para ocupação das áreas no entorno da Cooperativa, o que poderia evitar o fogo em terrenos baldios. São 16 mil metros quadrados hoje com mato.

A proposta é fazer parceria com empresas que integram a cadeia de lixo. “Existe uma cooperativa do Rio de Janeiro, por exemplo, que fornece para indústria de papel e de material ecológico. Também há outra de processamento de garrafas pet”, detalha.

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