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Capital

Foi uma situação totalmente atípica, diz tenente que comandou operação em escola

Viviane Oliveira | 28/09/2011 18:48

Foram sete viaturas do Corpo de Bombeiros, ambulâncias do Samu e aproximadamente 30 militares

Toda hora saia uma ambulância com sete ou oito crianças, no total foram cerca de 20 viagens de ida e volta. (Foto: Simão Nogueira)
Toda hora saia uma ambulância com sete ou oito crianças, no total foram cerca de 20 viagens de ida e volta. (Foto: Simão Nogueira)

“Foi uma situação totalmente atípica eu nunca vi uma coisa como aquela”, disse o tenente do Corpo de Bombeiros Leandro Moura Marçola, que comandou a operação na tarde de ontem (27), onde 180 alunos passaram mal com suspeita de intoxicação alimentar, na escola municipal de tempo integral profª Iracema Maria Vicente, no bairro Rita Vieira, em Campo Grande.

De acordo com o tenente, por volta das 14 horas os militares foram acionados para ir à escola, cerca de 40 alunos estavam passando mal. Segundo o tenente já imaginava que por se tratar de intoxicação alimentar o caso era grave, mas não esperava que no local esse número fosse três vezes mais alto.

“Cada organismo reage de uma forma, depois de algum tempo começou a aumentar a quantidade de crianças passando mal”, explica.

Foram sete viaturas do Corpo de Bombeiros, ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel) e aproximadamente 30 militares. Toda hora saia uma ambulância com sete ou oito crianças. No total foram cerca de 20 viagens de ida e volta.

“Como não eram vítimas de trauma, a gente transportava vários alunos juntos para os postos de saúde acompanhados por pais ou professores”.

Na escola cerca de 10 militares faziam a triagem, quem estava mais debilitado ia primeiro. As crianças vomitavam, tinham diarréia e sentiam dores na barriga. O tenente Marçola conta que algumas vomitaram durante 20, 30 minutos e outras chegaram até desmaiar.

“Teve crianças que vomitaram na ambulância, nos militares. Eu tenho oito anos de corporação e nunca presenciei algo parecido, cheguei até comentar com colegas mais velhos e eles disseram que também ficaram surpresos.

O tenente conta que foi uma situação muito delicada, algumas crianças estavam agitadas, por que os pais não estavam presentes e em outros casos os pais estavam alterados.

Pânico - O problema começou por volta das 14h30, quando as crianças começaram a ter os sintomas. Mais de 10 equipes dos bombeiros e do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) foram envolvidas. Na escola, o clima foi de pânico com pais e parentes das crianças chegando a todo o momento.

A cozinha foi interditada pelo Corpo de Bombeiros. A (Sesau) Secretaria Municipal de Saúde colheu amostras da água e da comida servida aos alunos da Escola para análise.

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