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Capital

Foragido, lutador que matou vigia é condenado a 16 anos de prisão

Elverson Cardozo e Bruno Chaves | 12/07/2013 15:17
Julgamento na manhã desta sexta-feira. (Foto: Cleber Gellio)
Julgamento na manhã desta sexta-feira. (Foto: Cleber Gellio)
Airton Colognesi foi preso no dia do crime, mas, devido a um habeas corpus, conseguiu sair. Logo depois, a justiça pediu a prisão preventiva dele. (Foto: Pedro Peralta/Arquivo)
Airton Colognesi foi preso no dia do crime, mas, devido a um habeas corpus, conseguiu sair. Logo depois, a justiça pediu a prisão preventiva dele. (Foto: Pedro Peralta/Arquivo)

O lutador de Jiu-jítso Airton Colognesi foi condenado a 16 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por matar, a golpes de barra de ferro, o vigia do posto de combustíveis Adelson Eloi Neston de Almeida, há pouco mais de 2 anos, em Campo Grande. O crime, segundo informou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, foi considerado hediondo.

Apesar da pena, Airton está foragido. Como a defesa do lutador forneceu endereço errado, em Várzea Grande (MT), ele não conseguiu ser encontrado, mas o julgamento, nesta sexta-feira (12), aconteceu assim mesmo, à revelia, ou seja, sem a presença do réu.

À época do assassinato, Colognesi foi preso em flagrante, mas conseguiu liberdade graças a uma habeas corpus. Logo depois, a Justiça pediu a prisão preventiva dele, mas o homem não foi localizado. No documento encaminhado pela defesa, o réu pede revogação da prisão.

Ele anexou documentos dizendo que trabalhava e que tinha um filho de 1 mês. O promotor de acusação, Claudio Rogério Ferreira Gomes, questionou. “Porque na hora de cometer o assassinato ele não pensou na criança que estava em casa, com um mês de vida? Porque não pensou que aquela vítima também teria filhos?”

Segundo o promotor, o acusado estava bêbado durante o crime, mas disse que matou para se defender. “Ele falou pegou uma barra de ferro das mãos do vigia para se defender. Disse que depois que soltou a barra deu duas ou três porradas na vítima, mas não era para matar. Também disse que foi agredido na cabeça pela barra de ferro, mas como vocês podem ver nas imagens da entrevista, ele não tinham nenhum arranhão na cabeça. Um casal presenciou a cena”, declarou.

Durante o júri popular, a acusação usou imagens produzidas pela TV morena.

Entenda o caso – O vigia Adelson Eloi Nestor de Almeida, a época com 46 anos, foi espancado até a morte na em um posto de gasolina na avenida Tamandaré, no Jardim Seminário, em Campo Grande.

Segundo a polícia, o crime aconteceu por volta da meia noite e meia, no posto Antares, que fica nas proximidades, praticamente ao lado de uma universidade particular. A vítima estava trabalhando quando flagrou Airton Colognesi, 30 anos, passando no meio das bombas de combustíveis.

O vigia abordou o rapaz e o pediu que ele saísse dentro do posto, porque o local era propriedade particular e já estava fechado. Airton não gostou de ser advertido por Adelson, e os dois, de acordo com a polícia, começaram a discutir.

A discussão terminou em agressão. Na tentativa de espaçar do autor, Adelson Eloi correu para uma borracharia que fica ao lado do posto, mas, no local, foi golpeado na cabeça por Airton, que usou uma barra de ferro.

O vigia, que teve o rosto desfigurado, morreu dentro do estabelecimento. O corpo de dele foi encontrado em uma calçada. No exame necroscópico ficou constatado que a vítima, devido ao golpe, tinha uma rachadura de 10 centímetros na extensão da cabeça.

O autor foi preso em flagrante por policiais do 9º BPM (Batalhão da Polícia Militar) deitado em um gramado em frente da universidade. Conforme a PM (Polícia Militar), ele estava embriagado. Na delegacia, Airton alegou, à época, legítima defesa.

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