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Capital

Frio reduz desde número de acidentes até movimento nos postos de saúde

Vanda Escalante | 28/06/2011 12:35

Acostumado ao calor, campo-grandense fica "entocado" com a queda de temperatura.

Espera na UBS Coronel Antonino, vazia no final da manhã, depois de todos os pacientes encaixados para consulta. (Fotos: Pedro Peralta)
Espera na UBS Coronel Antonino, vazia no final da manhã, depois de todos os pacientes encaixados para consulta. (Fotos: Pedro Peralta)

Em Campo Grande, a temperatura mínima chegou a 8,3ºC nesta terça-feira (28). Ontem, a capital registrou 6ºC, com sensação térmica de 4ºC negativos. Entre todos os efeitos do frio, um dos mais perceptíveis é a diminuição do movimento nas ruas, já que o campo-grandense está acostumado a uma temperatura média anual em torno dos 23,19ºC. Quando os termômetros baixam, o efeito imediato no comportamento é todo mundo “entocado” em casa.

Menos motos - O menor movimento nas ruas, que pode ser atribuído ao frio, tem como “consequência boa” a redução do número de acidentes de trânsito. “Nós não temos uma estatística, ou um comparativo exato, mas o que se observa assim, empiricamente, é que nos dias frios diminui o número de acidentes”, avalia o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande), Rudel Trindade.

De acordo com a análise de Rudel, a relação com o frio pode ter fundamento no menor número de motos em circulação, lembrando que a maior parte dos acidentes registrados em Campo Grande envolve motocicletas. “Com o frio, as pessoas saem menos de moto, e as que andam, trafegam em menor velocidade”, comenta.

Vagas para consulta - Onde também se percebe a redução do movimento nos dias mais frios é nos postos de saúde. Com o frio, muita gente deixa de comparecer às consultas agendadas.

Na manhã de hoje, na UBS (Unidade Básica de Saúde) Coronel Antonio sobravam vagas para consulta com todos os profissionais médicos que atendem ali. Bom para quem foi procurar atendimento porque já pode fazer a consulta na mesma hora.

A gerente da UBS, Évora Roher, atende Airton Costa, paciente do programa de hipertensão, que foi buscar resultado de exame.
A gerente da UBS, Évora Roher, atende Airton Costa, paciente do programa de hipertensão, que foi buscar resultado de exame.

“Quando acontece de o paciente faltar, a gente completa as vagas ociosas encaixando quem vem ao posto para marcar consulta”, explica a gerente da UBS, Évora Becker Roher.

Em todas as UBSs, a maior parte das vagas é destinada aos pacientes vinculados nos diversos programas (hipertensão, diabetes, saúde da mulher, etc.). Na UBS Coronel Antonino, são onze médicos: seis clínicos gerais, quatro ginecologistas e um pediatra. Cada um atende uma média de 16 consultas por dia. Na manhã de hoje, cada médico atendeu, em média, quatro pacientes de “encaixe”. Também na manhã de hoje, 12 pacientes deixaram de comparecer ao laboratório da UBS para colher sangue conforme estava agendado.

Pronto atendimento - A menos de uma quadra da UBS Coronel Antonino, fica a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro. Nesse caso, a redução do movimento é menor, mas também é perceptível e fica entre 10% e 15% abaixo dos dias sem frio.

De acordo com informações da gerência da UPA, o que diminui é a demanda por atendimentos mais simples, que nem precisam necessariamente ser executados ali, como troca de receitas e consultas por quadros clínicos que não são classificados como urgência ou emergência, e podem ser resolvidos nas UBSs.

Por outro lado, o frio faz aumentar o número de atendimentos por problemas respiratórios, especialmente em pessoas idosas e crianças. Na pediatria da UPA, a maioria dos casos atendidos tem sido de crises de asma e bronquite, além de quadros de pneumonia, amidalite, otite e conjuntivite.

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