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Capital

Funcionária causa polêmica ao não chamar travesti pelo nome social

Filipe Prado | 30/06/2015 10:32

A presidente da Associação de Travestis de Mato Grosso do Sul, Cris Stefanny,  denunciou que foi desrespeitada por uma das atendentes durante a triagem no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian. A recepcionista não quis atender, escrever e chamar a travesti pelo seu nome social, causando constrangimento ao falar o seu nome de registro.

Cris contou que marcou uma consulta no hospital e nesta terça (30) foi realizar a triagem, minutos antes do atendimento. Uma das atendentes pediu para que ela entregasse um documento de identificação, então a presidente passou o RG, com o nome de registro, e o cartão do SUS, com o nome social, e pediu para ser chamada pelo segundo.

Mas a atendente começou questionar Cris sobre a diferença entre os nomes em cada documento, então ela voltou a frisar que gostaria de ser chamada pelo nome social. Porém, a recepcionista insistiu, escreveu e a chamou pelo nome de registro. “Na hora que entrei no consultório, o médico ficou constrangido, se desculpou pelo hospital e mudou o nome da ficha”, comentou.

Mas a presidente foi até a ouvidoria do Hospital Regional e registrou uma queixa contra a atendente. “Me falaram que ela é ficha carimbada por ali”, ressaltou Cris. Ela ainda apontou que este tipo de preconceito sempre acontece em Campo Grande.

“O problema é a pessoa se fazer de desentendida. Isso é uma falta de respeito. Além do desconhecimento não ser motivo para falta de respeito”, comentou a presidente, que relatou que no hospital há uma enfermeira travesti, mas que é respeitada por todos os funcionários do local.

Cris explicou que os documentos de registro podem ter seus nomes alterados para os sociais, porém a pessoa não pode ter nenhum processo na Justiça, sendo vítima ou réu, para que os tramites possam ser realizados.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Regional, mas as ligações não foram atendidas.

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