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Capital

Fundo pode subsidiar gratuidade e reduzir tarifa em até 32% na Capital

Leonardo Rocha | 22/07/2013 11:19
Fundo poderia subsidiar gratuidade e reduzir tarifa de ônibus (Foto: Cleber Gellio)
Fundo poderia subsidiar gratuidade e reduzir tarifa de ônibus (Foto: Cleber Gellio)

Especialistas e usuários do transporte coletivo defendem a criação de um fundo financeiro pela Prefeitura de Campo Grande para “subsidiar” a gratuidade do ônibus e reduzir a tarifa em até 32% na Capital.

De acordo com a Assetur (Associação das Empresas de Transporte Público Urbano de Campo Grande), 35% dos usuários não pagam passagem de ônibus. São os estudantes, idosos, portadores de deficiência e 11 categorias, entre elas carteiros, militares e policiais. Segundo a entidade isto interfere em 32% do preço da passagem, já que o restante dos usuários precisa “arcar” com os custos desta conta.

Somente os estudantes correspondem a 22% deste montante, o que representa 55 mil passageiros por dia na Capital. “O executivo precisa fazer algo, para que se faça justiça com os usuários, 75% deles pagam pelos demais, isto não é justo, talvez criando uma alternativa para esta situação, temos um condomínio, mas nem todos arcam com os custos”, destacou João Rezende, presidente da Assetur.

Rezende ressaltou que o passe aos idosos e estudantes já são benefícios conquistados, mas os demais poderiam ser revistos ou ajustados. “É uma questão de estudo para se criar a melhor possibilidade, uma discussão com toda sociedade”.

Já Haroldo Borralho, presidente do Fórum da Cidadania, destacou que este fundo, viabilizado pela prefeitura, deveria ser financiado com o aumento na cobrança do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), pois assim toda população iria contribuir. “Não ficaria pesado para ninguém e a tarifa poderia ser reduzida, assim se faria justiça fiscal e social”, apontou.

Borralho ainda destacou que deveriam ser implementados outros incentivos ao transporte coletivo, como o aumento das alíquotas de impostos aos carros e motos. “O transporte coletivo voltaria a crescer e ter uma qualidade melhor”, indicou ele.

Usuários – A maioria das pessoas ouvidas pelo Campo Grande News concorda com a criação de um fundo para subsidiar a gratuidade, porém quem vai “custear” este valor gerou divergências. A vendedora Naiane Candelária destacou que a prefeitura deve “bancar” este fundo, já que é de sua responsabilidade dar melhores condições aos usuários. “Inclui no orçamento (prefeitura), mas sem criar novos impostos”, destacou.

Laura Freitas, assistente administrativo, ressaltou que o executivo deve encontrar uma forma de pagar este valor, sem que os passageiros continuem “arcando” com estas contas. “Hoje alguns não pagam, mas outros é que bancam o valor, a tarifa precisa cair muito mais”, ponderou.

Já Roseli da Silva, técnica em segurança do trabalho, destacou que aumentar o valor do IPTU para reduzir a tarifa é a melhor opção. “Todos vão contribuir, seja rico ou pobre ou quem anda de ônibus e de carro, seria mais justo”, defendeu ela.

Apenas a atendente de farmácia, Fátima da Silva, ressaltou que este “fundo” não deve ser criado, já que com o passar do tempo está situação pode reverter. “Depois a prefeitura não consegue subsidiar e prefere mexer na gratuidade dos estudantes, o passe livre é um incentivo a educação, melhor deixar como está”, argumentou ela.

Roseli defende que o IPTU banque a tarifa do transporte (Foto: Cleber Gellio)
Roseli defende que o IPTU banque a tarifa do transporte (Foto: Cleber Gellio)
Leni diz que poder público deve custear fundo, mas sem elevar tributos (Foto: Cleber Gellio)
Leni diz que poder público deve custear fundo, mas sem elevar tributos (Foto: Cleber Gellio)
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