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Capital

Funilaria destruída pelo fogo era única renda de família ha 20 anos

Zana Zaidan | 16/05/2014 13:50
Oficina ficou totalmente destruída pelo fogo na noite de quarta-feira (Foto: Marcelo Victor)
Oficina ficou totalmente destruída pelo fogo na noite de quarta-feira (Foto: Marcelo Victor)

Depois que um incêndio atingiu a funilaria, que era a única fonte de renda da família, Edimilson Ferreira Pino, 48 anos, não teve tempo desanimar. Desde ontem, ele e os funcionários já pegam no batente, conta a esposa, Laci Cardoso Ferreira, 47. Abalado com a tragédia, o marido prefere não dar entrevistas. 

A empresa, próxima do macro-anel rodoviário da BR-163, pegou fogo na noite de terça-feira (13). Edimilson resolveu deixar de ser mecânico e virar patrão, e há 20 anos comprou a funilaria. Parte da estrutura foi condenada pelo Corpo de Bombeiros, e precisará ser reconstruída. Quando o fogo começou, dois veículos de clientes estavam no local, uma caminhonete e um caminhão.

"Ainda não conseguimos calcular o prejuízo, mas temos pressa de voltar à ativa. Nós vamos conseguir, já conseguimos uma vez, com nosso trabalho, e vamos conseguir de novo", comenta Laci, que é a "office girl" da empresa. 

Duas semanas antes da tragédia, Edimilson havia investido as economias na compra de maquinário para uma estufa de pintura e em um jato de areia. "Não sobrou nada, não temos dinheiro. Agora, é correr atrás, aqui não temos preguiça", reforça.

Laci conta como é difícil recomeçar, mas a família não perde a esperança (Foto: Marcelo Victor)
Laci conta como é difícil recomeçar, mas a família não perde a esperança (Foto: Marcelo Victor)

Apesar da força de vontade, Laci conta que passou por momentos de tensão na terça-feira. "Quinze minutos depois de sair da funilaria meu filho mais velho entrou correndo em casa pedindo a chave porque estava pegando fogo. Voltamos e os vizinhos já estavam lá, tentamos apagar com extintor, uma mangueira dos fundos. Mas você vê aquele fogo se alastrando e bate um desespero", relata.

Perícia - O delegado titular da 4ª Delegacia de Polícia, Devair Aparecido Francisco, que investiga o caso, afirma que a perícia reforçou as suspeitas do Corpo de Bombeiros de que o incêndio tenha sido causado por uma pane elétrica.

"Foi feita reforma elétrica, mas sem o acompanhamento de um profissional capacitado para o serviço. A funilaria também está irregular, não tem alvará de funcionamento e, por isso, já foi interditada", explica.

O laudo da perícia deve ser concluído em 30 dias e vai constatar as causas do incêndio.

Corpo de Bombeiros interditou o prédio após o incêndio de grandes proporções (Foto: Marcelo Victor)
Corpo de Bombeiros interditou o prédio após o incêndio de grandes proporções (Foto: Marcelo Victor)
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