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Capital

Garoto de programa matou homem em edifício durante briga por ciúme

Aline dos Santos e Francisco Júnior | 07/12/2011 11:28

A vítima foi enforcada com uma corda de varal e amarrado com fio de um ventilador

Ao confessar o crime, Christian disse que agiu em legítima defesa. (Foto: João Garrigó)
Ao confessar o crime, Christian disse que agiu em legítima defesa. (Foto: João Garrigó)

Preso no último domingo, o garoto de programa Christian Rodrigues Simplício, de 18 anos, afirma que matou Onivaldo Rocha Mengual, de 47 anos, durante uma briga por ciúmes.

O crime foi cometido na noite de terça-feira, dia 29 de novembro, e o corpo da vítima foi encontrado dois dias depois. Onivaldo Mengual foi morto em seu apartamento, no edifício Trípoli, localizado na rua 13 de Maio.

A vítima foi enforcada com uma corda de varal e amarrado com fio de um ventilador. Ao confessar o crime na delegacia, o preso disse que agiu em legítima defesa, pois era mantido em cárcere privado por Onivaldo, que não permitia que o jovem fizesse programas.

Contudo, o delegado da 1ª delegacia, Welligton Oliveira, afirma que as investigações apontam que o autor saía para comprar cigarros e entorpecente. Christian e a vítima moravam juntos há três meses.

Porém, uma semana antes do crime, as crises de ciúme teriam se intensificado. À polícia, o preso disse que teve uma briga bem séria e Onivaldo o ameaçou com uma faca e ele reagiu.

Para o delegado, a versão do autor não é compatível com as condições de saúde da vítima, que havia sofrido um infarto recentemente e estava bastante debilitado. “A vítima não tinha movimentos que permitissem prender o rapaz dentro de casa”, enfatiza Welligton Oliveira.

Mórbido – Após matar Onivaldo e deixar o corpo ao lado da cama box, Christian relata que só deixou o apartamento na noite do dia seguinte. Ele foi até a casa de uma amiga e emprestou R$ 20. O autor ainda voltou ao apartamento, tomou um banho e foi embora. O delegado salienta que ele agiu com frieza e requintes de crueldade.

Christian foi encontrado perambulando pela avenida Costa e Silva, próximo a ponto de prostituição de travestis.

À imprensa, o jovem mudou a versão dada em depoimento, negou ser garoto de programa e o envolvimento amoroso com a vítima. Segundo ele, Onivaldo era como um pai. O autor conta que ambos eram usuários de maconha e pasta base. A justiça decretou a prisão temporária do autor.

Travesti – A Polícia Civil ainda tenta esclarecer a presença de uma travesti no local do crime. Quando o corpo foi encontrado, no dia primeiro de dezembro, a zeladora do prédio disse que viu uma travesti em cima da cama.

Ela desceu para chamar uma amiga e, quando retornou, a travesti não estava mais no quarto. “Não consegui chegar até essa travesti, identificada como Paula”, afirma o delegado. Ele entrou em contato com a Associação das Travestis e foi informado que nenhuma das cadastradas tinha esse nome.

Segundo o delegado, até o momento, a investigação aponta que não havia outra pessoa no local do crime.

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