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Capital

Garoto suspeito de matar menino de 6 anos é pego quando tentava fugir

Ângela Kempfer e Helton Verão | 06/04/2013 12:16
Depoimento da mãe da vítima apontou o culpado.
Depoimento da mãe da vítima apontou o culpado.

A Polícia de Bataguassu, a 335 quilômetros da Capital, confirmou há pouco que foi apreendido ontem, em ônibus vindo de Campo Grande com destino a São Paulo, o adolescente suspeito de matar o menino Kauã Golube, de 6 anos. O garoto assumiu o crime.

Ele viajava com a namorada, quando o veículo foi abordado pela Polícia que já tinha informações sobre a tentativa de fuga dos dois. Uma equipe da DPCA (Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente), aqui da Capital, participou da operação. Há suspeitas de que a garota também tenha envolvimento no caso.

Segundo investigadores de Bataguassu, só na manhã de hoje, por volta das 9h, os dois foram transferidos para Campo Grande, onde serão ouvidos pela delegada Regina Marcia Rodrigues da Mota.

Desde a noite de quinta-feira, dia do crime, o suspeito era procurado. A mãe da vítima, Aparecida de Sena Golube, deu a principal informação sobre o assassino.

No mesmo dia, em depoimento, ela disse que há cerca de um mês desapareceram R$ 80,00 de um pote da cozinha. Ao perceber a falta, questionou Kauã. O menino contou que o vizinho havia ido à residência, tomado suco e mexido no pote.

Depois disso, ela foi até à casa do vizinho e o acusou do furto. O adolescente negou, os dois discutiram, ela foi embora e não falou mais sobre o assunto. Há uma semana Aparecida diz não ver o vizinho na rua.

O crime aconteceu no Jardim Itamaracá, Aparecida encontrou o corpo de Kauã à tarde, por volta das 16h, com as mãos amarradas e também amordaçado. Ao lado dele, havia um frasco de inseticida.

Neste sábado, a casa dos vizinhos, de ambos os lados, estavam fechadas. A família de Kauã não quis mais comentar o crime. O sepultamento do menino ocorreu às 9h30, no cemitério Santo Amaro.

Mariuza Conceição é uma das vizinhas da família.
Mariuza Conceição é uma das vizinhas da família.

No bairro - Os moradores do bairro ainda estão assustados com o assassinato e tem evitado que seus filhos brinquem na rua ou saiam à noite. Dona Maria de Lima, de 40 anos trabalha com a mãe da vítima, mas diz não ter muito contato com ela por estar há um mês na empresa.

A mulher diz que os vizinhos estão revoltados e que evita de deixar sua filha sozinha em casa. “Falavam de dois meninos que frequentavam a rua, mas não sei quem pode ser. Estou muito abalada por ter uma filha da mesma idade do Kauã”, comenta Maria.

A hipótese de dois adolescentes é reforçada por outro morador da rua onde Kauã morava, o ajudante de pedreiro, de 31 anos, que não quis se identificar. “Dizem ser dois adolescentes na faixa dos 17 anos, mas não tenho a mínima ideia de quem possa ser".

Uma vizinha, Mariuza Conceição, que mora nos fundos de Aparecida, conta que as pessoas sempre viam Kauã brincando com o garoto suspeito do crime.

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