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Capital

Gasolina volta às bombas, mas postos ainda têm dificuldade para abastecer

Paula Vitorino | 31/07/2012 12:56

Repasse para os postos é feito de forma racionalizada pela distribuidora

Consumidores já conseguem encontrar combustível na maioria dos postos. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Consumidores já conseguem encontrar combustível na maioria dos postos. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Há 10 dias na incerteza sobre ter combustível nas bombas para atender os consumidores, os postos da bandeira BR estão voltando a receber o produto da distribuidora, mas ainda enfrentam racionamento. Postos que pediam cerca de 20 mil litros, estão recebendo da distribuidora apenas 5 mil litros, por exemplo.

O Sinpetro (Sindicato dos Postos de Combustíveis) informou que o fornecimento para os postos voltou a ser feito diariamente desde o fim de semana, mas os estabelecimentos ainda não conseguem abastecer a média normal.

Mas a assessoria de imprensa da Petrobras garantiu ontem que o fornecimento para o Estado voltou a ser feito normalmente, inclusive com quantidade maior do que a média de fornecimento.

Em meio ao impasse, a reportagem constatou que os consumidores já conseguem encontrar combustível na maioria dos postos, mas os proprietários de estabelecimentos com grande demanda precisam contar com a sorte para não ficar novamente sem combustível nas bombas.

No posto do bairro Tiradentes, a gasolina comum chegou nesta tarde, quando as bombas já estavam quase zeradas. Mesmo assim, o responsável Everton Carvalho diz que a quantidade fornecida foi de 5 mil litros, o que representa metade do pedido normal.

“Com essa quantidade a gente consegue aguentar até amanhã, no máximo”, diz.

Mas o posto está sem a gasolina aditivada desde sexta-feira (27) e não tem previsão de receber o produto.

No posto Locatelli da BR-262, o gerente Marco Detumin diz que está conseguindo abastecer, mas também com apenas metade da demanda normal. “Voltamos a receber combustível, mas pedimos 10 mil e vem só 5 mil litros”, diz.

O posto só chegou a ficar sem combustível em um dia da semana passada.

No outro posta da rede, na avenida Ceará, que ontem estava sem gasolina aditivada, as bombas estão com todos os combustíveis. Mas a informação é a mesma: o fornecimento da Petrobrás acontece de forma racionalizada.

Resposta - Enquanto proprietários e consumidores vivem o momento de escassez nas escuras, o Sinpetro notificou a Petrobrás que apresente relatório oficial sobre o que causou o problema de abastecimento no Estado.

Ontem, sindicato e distribuidora participaram de reunião e, de acordo com o Sinpetro, a Petrobrás deve apresentar a resposta até amanhã cedo.

Entre os questionamentos do sindicato está o fato do fornecimento continuar racionalizado e sem horário determinado.

A assessoria da imprensa da Petrobrás informou que o problema de distribuição foi causado por uma combinação de alta demanda com falha na logística. O sindicato quer que a distribuidora detalhe quais foram esses problemas de logística.

O sindicato também descarta a possibilidade do racionamento ser uma estratégia para aumentar o preço dos combustíveis. “Cada dia sem combustível para um posto é prejuízo, ele e a distribuidora só perdem”, diz o diretor de comunicação Marcos Vilalba.

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