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Capital

Grávidas lotam santuário para receber benção e se proteger do zika vírus

Alan Diógenes | 14/01/2016 20:11
Diante da preocupação em relação ao zika vírus, gestante se apoiam em um abraço. (Foto: Gerson Walber)
Diante da preocupação em relação ao zika vírus, gestante se apoiam em um abraço. (Foto: Gerson Walber)
Gestante há 6 meses, Jaqueline foi à missa para se sentir aliviada. (Foto: Gerson Walber)
Gestante há 6 meses, Jaqueline foi à missa para se sentir aliviada. (Foto: Gerson Walber)

A Missa do Santíssimo, tradicional de quinta-feira no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, teve um momento especial de benção às gestantes, diante da nova doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti: zika vírus associada aos casos de microcefalia em bebês. A ocasião foi de pedir proteção a Deus e que este momento seja de alegria para as mamães e não de pesar.

O reitor do santuário, padre Dirson Gonçalves, deu início à missa dando boas vindas às gestantes, que tiveram lugar reservado em frente ao altar. Cerca de 200 futuras mamães escutaram atentas as palavras do padre.

“Vocês precisam saber que Deus e Nossa Senhora estão aqui para lhe acolherem diante desta preocupação. Precisam acreditar que a fé vai as livrar deste mal. Esse momento de alegria não pode se transformar em momento de aflição ou de tensão”, disse ele.

Gestante há 6 meses, Jaqueline Cândia da Silva, 28 anos, falou que diante da epidemia é preciso ter fé e acreditar que nada vai acontecer. Ela sempre frequenta as novenas do santuário, mas confessa que ficou bastante preocupada ao saber da doença. “Mas do que nunca preciso vir à igreja. Quero me sentir aliviada”, comentou.

A merendeira Maria do Socorro, 30 anos, também está gravida. Ela não teve uma preocupação exagerada ao saber do zika vírus, até porque se protege com repelente indicado pelo médico, que cuida de sua gestação. Mas, aproveitou a oportunidade para ficar “em paz de espírito”. “Mais bençãos sempre são bem vindas”, destacou.

Já a professora Márcia Meira, 36, que está gestante há sete meses, apesar de também se proteger com repelentes e pastilhas contra o mosquito na tomada de casa, está bastante preocupada com a doença. “Tomo medidas preventivas, mas só Deus mesmo para nos ajudar a ficar longe deste mal”, salientou.

A missa começou às 19h desta quinta-feira (14) e além das grávidas, reuniu 600 fiéis. Tinha gente até de fora do país; um morador da Dinamarca estava na plateia. Fiéis de outros estados brasileiros como> Mato Grosso, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Rondônia, e moradores de Bonito, Jardim e Porto Murtinho, compareceram à missa.

2º caso confirmado - Na Capital, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) confirmou o segundo caso de grávida com zika vírus.

A paciente foi atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida e ontem chegou o resultado do exame realizado no Instituto Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Atualmente, há 71 gestantes em Campo Grande com sintomas da doença.

Em novembro passado, o Ministério da Saúde confirmou que há uma relação entre o vírus zika e os casos de microcefalia em bebês registrados na região Nordeste do País. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue e a febre chikungunya.

Gestantes tiveram lugar reservado em frente ao altar. (Foto: Gerson Walber)
Gestantes tiveram lugar reservado em frente ao altar. (Foto: Gerson Walber)
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