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Capital

Greve ameaça limpeza do Hospital Regional de Campo Grande

Francisco Júnior e Paula Maciulevicius | 20/11/2012 10:10
Funcionários fazem protesto na frente da empresa. (Foto: Simão Nogueira)
Funcionários fazem protesto na frente da empresa. (Foto: Simão Nogueira)

  A greve de funcionários da empresa de limpeza Vyga pode comprometer a manutenção das dependências do Hospital Regional de Campo Grande. Caso a empresa não regularize o pagamento dos salários, os manifestantes ameaçam paralisar aos serviços no hospital a partir de amanhã.

Hoje pela manhã (20), grupo de trabalhadores realizou protesto na frente da sede da empresa. Eles reclamam que a Vyga ainda não depositou o salário deste mês e não cumpre com as obrigações trabalhistas, como recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o pagamento do INSS (Instituto Nacional da Seguro Social).

A empresa conta com cerca de 1,1 mil funcionários, destes 179 são responsáveis por toda a limpeza do Regional. O salário médio pago pela Vyga é de R$ 637, além de gratificações.

Cristiane Santana, 34 anos, trabalha na empresa há seis meses. Segundo ela, só no primeiro mês recebeu o valor correto. “Eles sempre depositavam entre os dias 13 e 14, mas desta vez dizem que não tem previsão”, relata.
Por conta do atraso do salário, Maria José Carvalho, tem 37 anos, diz que está quase sendo despejada. “ O aluguel venceu há um mês. Ele falaram que pagariam dia 10 e nada. Eu pedi para meu ex-marido fazer compra porque eu não tinha mais o que comer em casa”, conta.

Situação complicada também passa Diego Santos da Costa, 24 anos. O rapaz afirma que pode ser preso caso não pague a pensão do filho. “Intimação já chegou lá em casa”.

Ele diz que o aluguel da casa onde mora está atrasado.
De acordo com o presidente do Seeac (Sindicato dos trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação), Wilsom Gomes da Costa, os problemas trabalhistas enfrentados pela empresa já vem há certo tempo. “Esse atraso vem de três meses, eram para eles terem depositado o dinheiro dia 8”.

Com relação ao Hospital Regional, ele explica que o contrato já foi pago. Segundo ele, a empresa usou o dinheiro para outra operação e não tem previsão para o pagamento dos trabalhadores.

O sindicalista informa que já entrou em contato com a proprietária da empresa, mas ela não apresentou nada de concreto para solucionar os problemas trabalhistas.

A gerência da empresa informou ao Campo Grande News que está tentando solucionar a questão e depois fará um pronunciamento a imprensa.

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