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Capital

Greve chega a 3ª semana e reduz em 30% atendimento no HU

Lidiane Kober | 29/09/2014 18:40

A greve de 300 servidores do HU (Hospital Universitário) chega a terceira semana, a partir desta segunda-feira (29), e reduz em pelo menos 30% o atendimento na instituição. A situação preocupa autoridades do setor de saúde e congestiona ainda mais o atendimento em Upas (Unidade de Pronto-Atendimento) e outros hospitais de Campo Grande.

Em média, só o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), levava, antes da greve, 500 pacientes por mês ao HU. “Ainda não fechamos o balanço deste mês, mas o número de atendimento deverá girar entre 350 a 380”, disse Eduardo Cury, coordenador do Samu da Capital.

A estimativa, segundo ele, é resultado de muita insistência. “Está difícil, eles colocam todos os graus de dificuldade que você pode imaginar. Na verdade, o paciente, que está na urgência não pode subir para a enfermaria, porque os técnicos estão em greve”, contou Cury. “Temos que negociar muito”, completou.

A situação agrava o problema de falta de vagas hospitalares na Capital e amplia a superlotação de Upas e da Santa Casa. “As Upas, os centros regionais e a Santa Casa estão suportando”, disse Cury.

Coordenador-geral do Sista/UFMS (Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Lucivaldo Alves dos Santos confirmou a redução do atendimento e estimou prejuízo ainda maior. “Em alguns setores a queda já é de 50%”, afirmou.

Segundo ele, as autoridades de saúde foram avisadas e estão cientes do problema. “No dia 10 de setembro, avisamos a reitora, governador, secretário municipal e estadual de saúde, MPF (Ministério Público Federal), prefeito e a direção do hospital sobre a greve”, frisou Lucivaldo. A paralisação começou no último dia 15.

Os funcionários cobram pagamento de plantões, na ordem de cerca de R$ 3,3 milhões, referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março. “A partir de abril, não foram mais pagos e nem realizados plantões”, informou.

Questionado se há previsão do fim da greve, o sindicalista revelou que há sinalização do Ministério de Planejamento do Governo Federal de liberar o pagamento. “Se não autorizarem, a greve segue por tempo indeterminado”, avisou. Até lá, os funcionários vão seguir lei federal que exige a permanência de 30% do efetivo durante atos grevistas.

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