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Capital

Greve da enfermagem sobrecarrega hospitais e prejudica triagem nos postos

Ricardo Campos Jr. e Juliana Brum | 03/07/2015 18:21
Fila em posto de saúde (Foto: Juliana Brum)
Fila em posto de saúde (Foto: Juliana Brum)

Greve da enfermagem tem sobrecarregado o atendimento em alguns hospitais de Campo Grande. Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a interrupção de atendimento no Cemort (Centro Municipal de Ortopedia) faz com que pacientes egressos da Santa Casa e Hospital Universitário retornem a essas unidades para refazer os curativos ortopédicos.

Pacientes operados no Hospital do Pênfigo têm conseguido o atendimento especializado graças aos esforços do gerente da unidade, que é técnico em imobilização. O efetivo que não participa da paralisação está se revezando para os fins de semana e plantões.

Até o momento, conforme a Sesau, foram afetados 2,3 mil exames e curativos especializados e 160 pequenas cirurgias no CEM (Centro de Especialidades Médicas); 240 pequenas cirurgias em toda a rede; média de quatro procedimentos para colocação de DIU, três biópsias de útero e 20 colposcopias por semana no Centro de Atendimento à Mulher e aplicação de 22,5 mil vacinas.

Reflexos – Marcilene Garcia da Silva, 43 anos, levou a sobrinha de 10 anos com dor de estômago ao UBS (Unidade Básica de Saúde) do Coronel Antonino. As duas chegaram ao local por volta das 10h e até as 13h sequer haviam sido chamadas para a triagem.

“Sempre estou no posto e com a greve está muito mais difícil. Muita demora para o atendimento”, afirma. Semana passada a mulher acompanhou o pai idoso que também não foi atendido em razão da paralisação.

No posto do Nova Bahia, Ana Barbosa aguardava há meia hora e ainda não tinha sido chamada para a triagem. “Sempre sou chamada rapidamente quando eu chego. Acredito que seja reflexo da greve, que está prejudicando. A saúde já é precária, mas a greve está refletindo nessa espera”, afirma.

Profissionais – O enfermeiro Alisson Daniel, 36 anos, trabalha na UBS do Coronel Antonino e diz que pela manhã estavam trabalhando três enfermeiros e 15 técnicos. Já a técnica em enfermagem Lígia Fonseca da Silva, do Nova Bahia, afirma que o local conta com três enfermeiros e oito técnicos. Os servidores se dividiram em equipes de cinco integrantes e se revezam em plantões de uma hora cada.

Hederson Fritz, representante da Comissão de Greve, diz que a prefeitura apresentou proposta de reajuste para setembro, mas não especificou qual o dia. Ele pretende enviar uma resposta pedindo que o município seja mais claro para que a categoria aprecie o documento.

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