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Capital

Greve no HU compromete atendimento de emergência, denuncia Samu

Aliny Mary Dias | 22/09/2014 11:13
Greve começou na última segunda-feira e Samu afirma que setor de emergência está prejudicado (Foto: Marcelo Victor)
Greve começou na última segunda-feira e Samu afirma que setor de emergência está prejudicado (Foto: Marcelo Victor)

A greve dos servidores do Hospital Universitário que reivindicam o pagamento de pantões completou uma semana nesta segunda-feira (22), apesar de a administração do hospital e do movimento grevista garantirem que os atendimentos de urgência continuam ocorrendo normalmente, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) denuncia o descaso por parte de funcionários da unidade.

O coordenador do Samu, Eduardo Cury, afirma que os funcionários do hospital “não estão respeitando o princípio da urgência”. O médico explica que em razão da greve, os técnicos de enfermagem e de outros setores se recusam a receber pacientes encaminhados pelo serviço e justificam a situação afirmando que o hospital não tem condições de internar mais pacientes.

Outra médica do Samu, que pediu para não ser identificada, afirma que há vários pacientes no pronto-socorro, mas que já possuem condições de serem transferidos para a enfermaria. O procedimento não acontece, segundo a denúncia, porque não há funcionários suficientes.

A médica diz ainda que colchões sumiram de alguns setores do hospital e que, com isso, os funcionários aumentam a pressão interna para o pagamento dos plantões. Outra situação denunciada pela médica é que há pacientes com doenças como pneumonia que esperam desde a quarta-feira passada por uma transferência para o HU e enquanto a vaga não surge continuam recebendo tratamento em unidades de saúde.

O coordenador-geral do Sista/UFMS (Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Lucivaldo Alves dos Santos, nega qualquer problema no atendimento da urgência e emergência no hospital. Segundo ele, as transferências internadas de pacientes acontecem conforme a necessidade e o surgimento de leito.

O grevista conta ainda que a lei federal que exige a permanência de 30% do efetivo durante atos grevistas está sendo cumprida. “Essa denúncia não procede, em alguns setores, inclusive, está funcionando com 60% do efetivo”, diz Lucivaldo.

Ao Campo Grande News, a assessoria de imprensa do HU informou que a greve tem diminuído o atendimento ambulatorial e cirurgias eletivas. Os atendimentos de urgência, segundo a assessoria, têm ocorrido normalmente e em alguns setores a atividade tem sido superior aos 30% exigidos por lei.

Sobre a demora na transferência de pacientes que estão nas unidades de saúde da Capital, a reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), mas o responsável pelo setor de urgência da pasta não foi encontrado para falar sobre o assunto.

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