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Capital

Grupo ateia fogo no pelotão da Polícia Militar em Anhanduí

Ana Paula Carvalho e Nyelder Rodrigues | 17/06/2012 10:26

Homem tentou invadir o prédio utilizando um trator

Pelotão ficou destruído por dentro. Trator chegou a colidir com a parede (Foto: Simão Nogueira)
Pelotão ficou destruído por dentro. Trator chegou a colidir com a parede (Foto: Simão Nogueira)

Um grupo de pessoas ateou fogo no pelotão da Polícia Militar (PM) no distrito de Anhanduí, no início da madrugada deste domingo (17). Um dos envolvidos tentou invadir o prédio utilizando um trator.

De acordo com a PM, a confusão começou quando quatro pessoas foram detidas após terem chegado fazendo algazarra em uma festa religiosa, no assentamento Sucesso.

O padre Francisco Eduardo celebrava uma missa em comemoração aos quatro anos da comunidade Sagrado Coração de Jesus, no assentamento, quando 20 ciclistas chegaram fazendo bagunça. Apenas dois deles eram moradores do assentamento, e não são integrantes da comunidade religiosa.

Segundo o padre, chegou a pedir silêncio ao grupo. "Logo quando chegaram, teve um que falou 'cala a boca que o padre tá rezando a missa'", conta.

Assustado com a situação, padre Francisco acionou a PM, que ao chegar no local apreendeu dois adolescentes e prendeu dois jovens. Durante a abordagem policial, o grupo chutou a viatura. A PM também encontrou garrafas de whisky nas mochilas deles.

Como os três policias que estavam de plantão deixaram a base para atender a ocorrência e levar os apreendidos e detidos para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, em Campo Grande, revoltados, amigos dos jovens aproveitaram para atear fogo no prédio.

Assim, que perceberam o que havia acontecido na sede do pelotão, os policiais acionaram a Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), Corpo de Bombeiros e reforço do 10º Batalhão.

Nove pessoas foram encaminhadas para a Depac (Foto: Minamar Júnior)
Nove pessoas foram encaminhadas para a Depac (Foto: Minamar Júnior)

Em diligências pelo distrito, mais pessoas foram presas por envolvimento com o crime, entre eles um adolescente de 14 anos e uma menina de 13 anos.

Eles foram encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga. Na casa de um deles, um homem identificado apenas como Genivaldo, os policiais encontraram uma espingarda calibre 22.

Após a confusão, um homem tentou invadir o prédio utilizando um dos tratores do assentamento. Ele chegou a bater na parede do pelotão e fugiu correndo em seguida. Havia um policial no local, que não conseguiu deter o autor, que ainda não foi encontrado.

Prédio - O pelotão ficou destruído, e vários móveis entre beliche, sofá, TV, e outros, foram queimados no incêndio, controlado pelo Corpo de Bombeiros.

O comandante do pelotão, tenente Caiçara, disse ao Campo Grande News que por enquanto eles continuarão realizando as rondas no distrito, mas que não há estrutura para ficar no prédio.

No momento da confusão, apenas três policiais estavam de plantão, número que para ele é suficiente para o local, considerado pequeno e pacato pelo tenente.

Moradores - A dona de casa Maria Rodrigues, de 53 anos, e o comerciante Eduardo da Costa, de 38 anos, contam que nunca viram algo parecido em Anhanduí, algo que os deixou assustados. Maria também reclama reclama do aumento de ocorrências policiais.

Para Maria, o efetivo policial não acompanhou o crescimento de Anhanduí. “Semana passada mesmo roubaram o salão da cabeleireira há duas quadras daqui. A gente liga aqui no pelotão para avisar algo, mas ninguém atende porque eles tem que sair pra fazer o trabalho deles. Aí fica tudo desprotegido", relata Maria Rodrigues.

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