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Capital

Grupo faz campanha para acabar com mito de validade do marcapasso

Aliny Mary Dias | 23/09/2014 09:32
População é orientada com panfletos e até máquina que monitora marcapasso (Foto: Marcos Ermínio)
População é orientada com panfletos e até máquina que monitora marcapasso (Foto: Marcos Ermínio)

Para acabar com muitos mitos, principalmente aquele que dá “prazo de validade” aos portadores de marcapasso, uma ação de conscientização é desenvolvida em dois locais de grande circulação de pessoas em Campo Grande. Tudo acontece porque hoje (23) é comemorado o dia do portador de marcapasso.

Muita gente não sabe ao certo como é a vida de quem depende do aparelhinho, que cabena palma da mão, para viver. Para tirar dúvidas, um grupo de 20 pessoas, entre médicos, enfermeiros e parceiros do Hospital do Coração, fazem um trabalho de conscientização no Terminal Bandeirantes durante a manhã e no Pátio Central Shopping no período da tarde.

O médico Mauro Cosme Andrade, que faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, explica que muito preconceito ainda existe em relação ao assunto. “Nós queremos esclarecer para a sociedade que quem porta marcapasso pode ter uma vida normal, as limitações acabam sendo menores ou iguais as que ele tinha antes”, diz.

As seleções de emprego são as situações onde mais os portadores sentem o preconceito. Mesmo com aparelho “camuflado” por baixo da pele, muitos pacientes acabam reprovados depois que o teste médico aponta a presença do aparelho.

Médico afirma que preconceito ainda está presente na maioria da população (Foto: Marcos Ermínio)
Médico afirma que preconceito ainda está presente na maioria da população (Foto: Marcos Ermínio)

“Alguns empregadores acham que a pessoa terá alguma limitação, que não vai desenvolver bem o trabalho. É claro que se existe alguma restrição, como carregar muito peso, por exemplo, nós mesmos orientamos os pacientes”, explica o médico.

Outro preconceito que predomina na cabeça da maioria das pessoas é sobre o limite de tempo de vida que alguém portador de marcapasso tem. Muitos ainda acreditam que há um “prazo de validade” para os pacientes, mas exemplos reais desmistificam o assunto.

“Temos um paciente que colocou o marcapasso com 50 anos e está há 40 anos com o aparelho, não há isso de viver menos com o aparelho”, completa o médico.

Além da entrega de panfletos explicativos, a ação conta com um aparelho usado pelos médicos para monitorar todo o histórico dos portadores de marcapasso. No período da tarde, a partir das 13 horas, o grupo estará no Pátio Central Shopping, na Rua Marechal Rondon, no centro da cidade.

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