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Capital

Grupo invade sede do Incra e pede agilidade na reforma agrária em MS

Manifestantes prometem ficar até a terça-feira, quando se reunirão com superintendente do órgão, em Brasília

Mayara Bueno e Richelieu de Carlo | 23/01/2017 09:18
Protestantes estão na sede do Incra, em Campo Grande. (Foto: André Bittar)
Protestantes estão na sede do Incra, em Campo Grande. (Foto: André Bittar)
Superintende do Incra em MS, Humberto Maciel. Ele afirma manter o diálogo com manifestantes. (Foto: André Bittar)
Superintende do Incra em MS, Humberto Maciel. Ele afirma manter o diálogo com manifestantes. (Foto: André Bittar)
Grupo é formado por oito frentes, que formaram uma coalisão de movimentos. (Foto: André Bittar)
Grupo é formado por oito frentes, que formaram uma coalisão de movimentos. (Foto: André Bittar)

Famílias de assentados invadiram a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande nesta segunda-feira (23). São pelo menos 600 membros de oito movimentos sociais, que pedem agilidade no processo de reforma em Mato Grosso do Sul. 

Segundo um dos líderes do movimento e diretor nacional do FNL (Força Nacional de Luta), Rodionei Merlin, os protestantes chegaram por volta das 6 horas no prédio, localizado na Rua 25 de dezembro com a Antônio Maria Coelho, e pediram para que os seguranças deixassem o local.

Os manifestantes estão controlando e impedindo a entrada dos trabalhadores. A intenção é ficar acampados até terça-feira (22). “Ninguém vai trabalhar aqui”, afirmou o líder.

O movimento de hoje é uma coalisão de oito grupos diferentes, afirma Rodionei. A expectativa é que, até o fim do dia, o número de manifestantes chegue a 1 mil.

O líder disse que, além do pedido por agilidade, a ocupação reivindica pautas antigas e a reestruturação do órgão em Mato Grosso do Sul. Também cobram assistência técnica para famílias que já estão ocupadas. “Estão largados sem assistência”, disse.

Amanhã, os movimentos vão se reunir com o superintendente nacional do Incra, em Brasília, às 11 horas.

Superintende estadual do Incra, Humberto Maciel, se reuniu há pouco com alguns membros do movimento. Ele afirmou que a pauta tratada foi a retomada da reforma agrária no Estado e a reestruturação do órgão.

Afirmando manter o diálogo com o movimento, Humberto afirmou que Mato Grosso do Sul está impedido de adquirir novas áreas em virtude de ações judiciais, que bloquearam o processo de compra. “Estamos trabalhando nisso. É um problema judicial, por isso é mais difícil”, explicou.

Em relação à reestruturação, o superintendente disse que servirá para atender os órgãos de controle e com isso facilitar o desbloqueio.

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