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Capital

Há 100 dias à frente de hospital, gestão comemora, mas admite problemas

Aliny Mary Dias | 05/09/2013 11:05
Pediatria ainda é problema de hospital (Foto: Marcos Ermínio)
Pediatria ainda é problema de hospital (Foto: Marcos Ermínio)

Há 100 dias à frente da Santa Casa após o fim da intervenção que durou 8 anos, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, afirma que o balanço é positivo, já que os fornecedores e as contas dos últimos meses vêm sendo pagas em dia, situação diferente do ocorrido nos últimos anos.

Durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (5), o chefe do hospital falou sobre os detalhes do reordenamento financeiro aplicado na instituição. Segundo Teslenco, a prática da junta interventora era de usar os repasses públicos que somam R$ 14,2 milhões por mês para quitar dívidas em atraso.

As novas aquisições de fornecedores e as contas do mês não eram quitadas e as dívidas aumentavam. Na atual gestão, o hospital inverteu os pagamentos e colocou as contas atuais em dia e aguarda a liberação de um empréstimo no valor de R$ 80 milhões para quitar as dívidas antigas.

“Fizemos levantamento e encontramos erros grosseiros. Além de identificar que inúmeros procedimentos estavam sem discriminação de números e valores”, afirma Teslenco.

Um dos erros encontrados nos documentos, por exemplo, foi a omissão de números em documentos. “Um item que custava 200 mil estava na planilha como 2 mil, um erro grosseiro repetido durante anos”.

Com os levantamentos, a diretoria do hospital afirma ter alcançado o objetivo inicial de reorganizar as finanças da Santa Casa. A folha salarial da unidade, estimada em R$ 11 milhões, também é paga no quinto dia útil todos os meses.

Outra medida encontrada pela nova gestão para colocar a casa ordem foi o reordenamento do pessoal do hospital, atualmente, o hospital possui 3 mil pacientes. “Nós dispensamos colaboradores e gastamos cerca de R$ 1 milhão com rescisão de contratos”, conta Teslenco. A quantidade de funcionários demitidos, no entanto, só será divulgado em entrevista coletiva no dia 19 de setembro.

Para o diretor técnico do hospital, Luiz Alberto Kanamura, outro ponto positivo dos últimos 100 dias é a regularidade nos materiais da Santa Casa. “O hospital não sofreu com desabastecimento em nenhum setor nesses últimos meses”, explica.

Pediatria – No último fim de semana, pais encontraram problemas para atendimento médico no Prontomed, o setor privado da Santa Casa. Teslenco explica que a situação é rotina pela falta de médicos nos fins de semana.

“Os pediatras não querem entrar na escala do fim de semana. Entramos em contato com a coordenadoria da pediatria e estamos tentando resolver o problema”, diz.

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