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Capital

Homem diz que matou sobrinha da ex-mulher porque estava bêbado

Alan Diógenes e Filipe Prado | 24/09/2014 18:07
Francisco (de camiseta vermelha com azul) negou ter matado a sobrinha por vingança. (Foto: Marcelo Victor)
Francisco (de camiseta vermelha com azul) negou ter matado a sobrinha por vingança. (Foto: Marcelo Victor)
Rosália desistiu de ficar "cara a cara" com o assassino da filha e disse que testemunhas de defesa mentiram. (Foto: Marcelo Victor)
Rosália desistiu de ficar "cara a cara" com o assassino da filha e disse que testemunhas de defesa mentiram. (Foto: Marcelo Victor)

Francisco Ubirajara Marques, 52 anos, acusado de matar a sobrinha da ex-mulher, Mauryani Melgarejo, 29, no dia 18 de janeiro deste ano, disse durante julgamento, na tarde desta quarta-feira (24), que havia bebido no dia do crime. Durante o depoimento, ele negou ter assassinado a vítima por vingança ou que tenha premeditado a ação.

O acusado afirmou que no dia em que matou a ex-sobrinha, ligou para a ex-cunhada Rosália Cristina Francisco, 51, mãe de Mauryani, querendo saber o paradeiro da sua ex-esposa que tinha fugido de casa com os documentos dele. Segundo ele, Rosália discutiu com ele, não quis dizer onde a irmã estava e ainda o chamou de “corno”.

A partir daí, ele conta que foi até um bar e tomou catuaba com pinga. Depois foi até a casa da ex-cunhada pedir desculpas pela discussão. Já na casa a ex-sobrinha Mauryani falou que ele podia entrar. Francisco parou na porta do quarto dela com uma arma que tinha comprado por que estava sendo ameaçado pelo namorado ex-presidiário de uma de suas duas filhas.

Conforme o acusado, já no quarto da ex-sobrinha, eles iniciaram uma discussão. Foi quando ele disparou quatro tiros contra a mesma e fugiu. Ele disse estar arrependido. “Seria um bicho se dissesse que não estou arrependido. Se eu pudesse voltar atrás eu daria minha vida por ela. Não fiz nada por vingança e também não planejei o crime. Pensei em me entregar, mas logo desisti por medo”, informou Francisco.

A mãe da vítima que antes tinha dito que queria ficar “cara a cara” com o assassino, desistiu de encontrá-lo no Fórum de Campo Grande, onde o julgamento aconteceu. Assim que foi ouvida, ela deixou o local rapidamente para não se encontrar com o acusado pelo corredor que dá acesso à sala de depoimentos.

“Não quis ver ele nem de perto, por que ele não tem o direito de me ver. Fiquei mais a vontade de prestar meu depoimento sem ele estar presente e falei muito mais coisa sem ele estar por perto”, comentou Rosália.

Hoje foram ouvidas as testemunhas de acusação, de defesa e o próprio acusado. Sobre o argumento da defesa que afirmou que o acusado estava nervoso e bêbado no dia do crime, a mãe da vítima disse que as informações são “mentirosas”. “Ele não é uma pessoa nervosa e não estava bêbado, apenas é uma pessoa dissimulada”, mencionou Rosália.

Após o julgamento, Francisco foi encaminhado novamente para a prisão, por que mais pessoas serão ouvidas. Ele está sendo julgado por homicídio qualificado por motivo torpe que dificultou a defesa da vítima. O evento aconteceu na 2ª Vara do Tribunal do Júri, e o julgamento foi conduzido pelo juiz Carlos Alberto Garcete.

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