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Capital

Homem morre com tiro na cabeça, namorada é presa e alega ‘roleta-russa’

Segundo pessoa ligada à família dela, casal estava brigando quando ele pegou a arma e atirou contra si

Anahi Zurutuza e Luana Rodrigues | 24/09/2016 16:49
Klezio, morto com tiro na cabeça hoje (Foto: Reprodução/Facebook)
Klezio, morto com tiro na cabeça hoje (Foto: Reprodução/Facebook)

A Polícia Civil investiga a morte de Klezio Ravel Paiva Fuzeta, 39, na manhã deste sábado (24). Ele foi encontrado com um tiro na cabeça em casa na rua do Arquipélago, na Coophavilla 2 – sudoeste de Campo Grande – e de início, o caso foi registrado como suicídio, mas a namorada dele Arlene Muniz Elias, de 29 anos, saiu do local presa. Há a suspeita de que a vítima estava praticando “roleta-russa”.

A ocorrência foi registrada como morte a esclarecer e delegado Tiago de Lucena, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, não descarta hipótese de homicídio.

No entanto, uma pessoa ligada à família de Arlene contou à reportagem a versão da jovem. Ela teria relatado à polícia que foi Klezio que atirou na própria cabeça.

O casal teria discutido e saído para beber separadamente. Os dois continuaram a discussão pelo WhatsApp e quando voltaram para casa, no auge da briga, Klezio teria sacado o revolver calibre 22 que pertencia a ele.

No calor da discussão, Arlene teria dito para o namorado: “Por que você não se mata logo com esta arma?”.

Embriagado, Klezio teria apontado contra si a arma que estava carregada com apenas uma bala e dito: “vamos ver quem vai morrer, se não for eu, vai ser você”. Ele disparou e morreu com o tiro na cabeça.

Testemunhas – Moradores da rua do Arquipélago disseram ter ouvido o disparo e que a mulher saiu logo em seguida desesperada, contando que não havia sido ela quem atirou no namorado. Arlene estava muito nervosa, pedia socorro e chorava muito.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas não teve tempo de socorrer o homem. A perícia esteve no local e a polícia levou a jovem presa por suspeitar da versão da jovem. “As circunstâncias apontavam para um caso que não seria suicídio. A prendemos para averiguar melhor os fatos”, explicou o delegado.

A perícia na casa da vítima, no corpo e na arma confirmarão ou não a versão de Arlene.

Ameaças – Duas situações levantaram suspeitas contra a jovem. Ela teria uma foto da arma do namorado no celular dela e os dois já teriam trocado ameaças de morte por mensagens.

Essa pessoa ligada à família conta ainda que Arlene e Klezio namoravam há cerca de sete meses e que nenhum dos parentes dela sabia que eles tinham um relacionamento conturbado.

Ela mora no Jardim Ouro Verde, bairro próximo ao da casa do namorado, e trabalha como vendedora. Familiares da moça estão muito abalados com a situação, segundo o entrevistado. 

Klezio deixou uma filha que vivia com ele, de 11 anos.

Casa onde Klezio morava, na rua do Arquipélago; há marcas de sangue na varanda (Foto: Luana Rodrigues)
Casa onde Klezio morava, na rua do Arquipélago; há marcas de sangue na varanda (Foto: Luana Rodrigues)
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