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Capital

Homem não consegue registrar B.O. contra policial que ameaçou o filho

Daniel Machado | 29/01/2015 01:21
As testemunhas de Luis Fernando e ele amargam mais de quatro horas de espera na delegacia para registrar um B.O. contra um policial (Foto: Luis Fernando)
As testemunhas de Luis Fernando e ele amargam mais de quatro horas de espera na delegacia para registrar um B.O. contra um policial (Foto: Luis Fernando)

Uma mera discussão de vizinhança entre duas crianças em um condomínio da capital foi parar na delegacia de polícia na noite desta quarta-feira (28) e parece estar longe de uma definição conciliatória.

O consultor Luis Fernando Costa Souza, pai do garoto, procurou o Campo Grande News informando que foi surpreendido esta noite pelo vizinho de condomínio (Eco Parque), no Parque dos Poderes, gritando na porta de sua casa e fazendo ameaças ao seu filho.

Tudo, segundo ele, para vingar o filho, que havia chegado em casa chorando após briga de rua com menino. “Ele dizia que iria cortar o mal pela raiz, o que eu e outras pessoas que ouviram a gritaria entenderam como uma ameaça de morte ao meu filho”.

O detalhe é que o vizinho autor da ameaça é Wagner Jesus Guesso dos Santos, um investigador da Acadepol (Academia de Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul).

Temeroso pela integridade física do filho, Souza dirigiu-se ao Depac-Centro afim de registrar um B.O. (Boletim de Ocorrência), mas alega não ter sido atendido pelos policiais de plantão, que estariam se recusando a efetuar o registro do fato. A ocorrência teria acontecido às 21h e até o fechamento desta reportagem o consultor ainda não havia sido atendido por ninguém na delegacia.

De acordo com ele, o motivo seria a proteção ou corporativismo policial pois o vizinho autor da ameaça chegou momentos depois na delegacia, hostilizou Souza e as testemunhas (a esposa, o filho ameaçado, um outro filho, o irmão e uma vizinha) e entrou numa sala para falar a sós com o delegado.

“Ele chegou aqui gritando, ameaçando, coagindo outros policiais a serem testemunhas dele e entrou para conversar em particular com o delegado, que sequer veio conversar conosco. Mas não vou sair daqui enquanto não registrar o B.O. o que, diga-se de passagem, é um direito meu. Até porque tenho medo do que esse policial pode fazer posteriormente com meu filho e quero registrar suas ameaças para me resguardar”, finalizou.

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