Hospital manda investigar atestados apresentados por presas
Segundo boletim de ocorrência, assinatura do médico foi falsificada
A diretoria do hospital Sírio Libanês por meio do departamento jurídico registrou na tarde desta quinta-feira na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) um boletim de ocorrência informando que detentas do Presídio Semi aberto Feminino da Capital estariam usando atestados médicos em nome do hospital para justificar a ausência durante a noite.
De acordo com o registro, o diretor administrativo do hospital, Nasme Kadri, foi procurado pela diretora do presídio. Ela contou que a apresentação dos atestados acontecia algumas vezes por parte das presas até que uma delas confessou que havia comprado o documento de um dos funcionários do hospital.
No entanto, o Sírio Libanês, de posse do atestado, checou os registros e constatou que o médico cuja assinatura constava no atestado não estava de plantão na data que constava no documento, sendo que a caligrafia da assinatura também não corresponde à original.
Ainda apurando o ocorrido, o hospital encontrou nos livros onde constam os relatórios de enfermagem caligrafia semelhante à que consta nos atestados encontrados com as presas. O material foi colocado à disposição da Polícia para as investigações.
O nome do funcionário responsável pela caligrafia não foi divulgado. O caso foi registrado pelo hospital como Falsidade ideológica e uso de documento falso.
O Campo Grande News procurou a diretoria do hospital, mas em função do fim do expediente desta quinta-feira não foi possível contato.
