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Capital

Hospital do Coração avisa: pacientes sem gravidade terão de esperar

Marta Ferreira | 23/03/2011 11:41
Pacientes aguardam atendimento no Hospital do Coração. (Foto: João Garrigó)
Pacientes aguardam atendimento no Hospital do Coração. (Foto: João Garrigó)

A dificuldade de conseguir atendimento mesmo tendo plano de saúde em Campo Grande vai aumentar um pouco mais. Depois do Proncor suspender o atendimento à noite para os segurados, agora é o Hospital do Coração, na rua Candio Mariano, que avisa: vai priorizar os casos para os quais seu atendimento está voltado. Os outros terão de esperar.

Um comunicado à população do hospital divulgado hoje informa que terão prioridade os casos de doenças cardiológicas, pneumológicas e neurológicas. O texto também cita o atendimento a pacientes idosos e a realização de procedimentos de alta complexidade, como cirurgias cardíacas, neurológicas, urológicas e abdominais de grande porte.

O diretor-presidente do hospital, Renato Rezende, afirmou ao Campo Grande News que isso não quer dizer recusa no atendimento a outros tipos de casos, mas fez um alerta de que, pacientes quem não apresentem qualquer risco, vão ter de esperar.

Segundo o hospital, a medida está sendo adotada até para garantir a segurança dos funcionários. A decisão foi precipitada por um episódio ocorrido na semana passada, quando um policial, para exigir atendimento por causa de uma erisipela, ameaçou dar tiros na recepção da instituição.

Por dia, segundo as informações do hospital, cem pessoas são atendidas no pronto-socorro da instituição. É muito, segundo o diretor, considerando a estrutura do hospital, que tem 60 leitos (20 deles de CTI e 10 de Unidade Coronariana), e apenas dois médicos de plantão.

Reflexo-Com a suspensão do atendimento à noite pelo Proncor para segurados de planos de saúde, a procura aumentou ainda mais. “Uma parte desses pacientes migrou para cá, obviamente”, afirma Renato Rezende.

O médico reforçou durante a conversa com a reportagem que o hospital não vai negar atendimento a pacientes de emergência e que está apenas “deixando claro” que vai priorizar o atendimento para o qual é “vocacionado”.

Ele exemplificou dizendo quem um paciente que chegar ao hospital com sinais derrame, por exemplo, terá atendimento prioritário, enquanto um que tiver sintomas de virose, sem gravidade, precisará esperar.

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