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Capital

Hospital particular da Capital será transformado em unidade pública de saúde

Alberto Dias | 01/07/2016 13:41
Unidade do Hospital do Pênfigo no Centro; a matriz, na saída para Sidrolândia, deve ampliar rede pública de atendimento na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
Unidade do Hospital do Pênfigo no Centro; a matriz, na saída para Sidrolândia, deve ampliar rede pública de atendimento na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)

Toda a estrutra prevista para o Hospital Municipal de Campo Grande, que nunca saiu do papel, será implantada no Hospital do Pênfigo, por meio de convênio de R$ 2,5 milhões com a Prefeitura. Na manhã desta sexta-feira (1), o prefeito, Alcides Bernal (PP), anunciou parceria que deve cumprir, em parte, o deficit de leitos que assola a Capital, com filas de pacientes aguardando internações. Porém, é esperado que metade desta conta seja paga pelo governo estadual.

A instituição vai disponibilizar gratuitamente à população, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), 60 leitos clínicos e seis unidades de terapia intensiva. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, outros 16 leitos de UTI estão em construção no hospital e deverão ser entregues em até seis meses.

Assim, o Hospital do Penfigo servirá de "retaguarda" ao atendimento das nove unidades de urgência e emergência, ou seja, dos CRS (Centros de Referência em Saúde) e das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Segundo Ivandro, a expectativa é não deixar pacientes esperando tanto tempo e evitar que busquem na Justiça internações na rede privada que são custeadas pela Prefeitura. "Essas internações em clínicas particulares são muito mais caras, e no Pênfigo nós pagaremos a tabela do SUS", comemora Ivandro, ressaltando que a estrutura do hospital já está à disposição da Prefeitura desde ontem.


Mais leitos - A ampliação de leitos em Campo Grande chegará também a outros hospitais, de acordo com o secretário. Investimentos mensais de R$ 500 mil no Hospital Universitário e de R$ 603 mil na Santa Casa permitirão implantar 10 novos leitos de UTI e 20 leitos de terapia semi-intensiva em cada uma das duas instituições de saúde. Porém, de novo, Ivando da Fonseca diz que aguarda o compromisso do governo do estado em investir o mesmo valor por mês para viabilizar o projeto.

Questionado sobre a responsabilidade da prefeitura com a gestão plena da saúde em Campo Grande, o secretário argumenta: "Gestão plena é uma coisa, é ter autonomia de gerir toda a infraestrutura de saúde pública, isso não exime o governo do estado de fazer seu papel, que inclui a alta-complexidade", disse, acrescentando: "A responsabilidade com a saúde pública é tripartite. A política de financiamento tem que ser dividida entre Município, Estado e União".

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