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Capital

HR será referência para coleta de provas em crimes sexuais

Aline dos Santos | 07/08/2014 10:56
A implantação do “Mulher, Viver sem Violência” foi discutida hoje na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
A implantação do “Mulher, Viver sem Violência” foi discutida hoje na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)

A coleta de vestígios de crimes sexuais será feita no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian, em Campo Grande. De acordo com a subsecretária da Mulher e da Promoção da Cidadania, Tai Loschi, vai ser montada uma sala especial na unidade hospitalar.

Segundo ela, o Estado receberá verba para implantar a medida, que integra o programa “Mulher, Viver sem Violência”. Atualmente, o procedimento é realizado no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal)

O objetivo é que a vítima não tenha que se expor duas vezes. A mulher fará o tratamento das lesões e a coleta dos indícios em um só lugar, reduzindo o constrangimento.

Após a coleta, provas como sêmen, pele e sangue do agressor vão para um banco de dados. O decreto federal que criou os hospitais de referência do SUS (Sistema Único de Saúde) para atendimento às mulheres que sofrem agressão sexual foi publicado em março do ano passado.

Conforme Tai Loschi, o programa também prevê a Casa da Mulher Brasileira, cuja primeira do País deve ser inaugurada em Campo Grande; Centros de atendimento em Corumbá e Ponta Porã, região de fronteira; expansão do Ligue 180 (canal para denúncias) e ampliação das campanhas sobre os direitos das mulheres.

A implantação do “Mulher, Viver sem Violência” foi discutida hoje em reunião na Governadoria. Nesta quinta-feira, a Lei Maria da Penha comemora aniversário de oito anos. A data vem em meio a crescente número de denúncias e assassinatos. São sete mortes em Campo Grande, uma mais do que todo o ano de 2013. Além de mais de 3,5 mil boletins de agressões físicas e psicológicas.

“A Lei Maria da Penha é uma das três melhores do mundo, mais de 90% da população conhece. Mas no primeiro desentendimento tem que buscar amparo na rede enfrentamento à violência contra a mulher. Não precisa esperar a quinta ameaça, a quinta surra”, afirma Tai Loschi.

Já para quem está do outro lado da questão, o homem que bate em mulher, não há política pública específica. “A orientação é para focar na mulher”, diz a subsecretária.

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